Bruno Bertaggia*
O mercado de seguros brasileiro está em um ponto de inflexão que promete alinhar o país com as práticas de economias mais desenvolvidas. Em países como Estados Unidos, o seguro é amplamente visto como uma extensão do planejamento financeiro pessoal, sendo tratado não apenas como uma proteção, mas como uma estratégia de investimento a longo prazo. Esse conceito, que conecta diretamente o mercado de seguros ao mercado financeiro, é um dos principais diferenciais entre nações desenvolvidas e economias emergentes como o Brasil, onde o seguro ainda é, em grande parte, percebido apenas como uma ferramenta de segurança patrimonial.
No entanto, estamos testemunhando uma mudança significativa. Corretores de seguros em grandes centros, como São Paulo, estão começando a integrar o mercado de investimentos aos seus serviços. Essa tendência não apenas reflete o movimento do mercado internacional, mas também responde à necessidade de evolução do setor frente à transformação global. Nos Estados Unidos, por exemplo, a confiança que os clientes depositam em seus consultores financeiros facilitou a entrada desses profissionais no ramo de seguros, consolidando uma relação que vai além da simples comercialização de apólices.
Outro aspecto relevante dessa modernização é o declínio do modelo de assessoria comissionada, que vem sendo questionado por gerar conflitos de interesse. Em países como Reino Unido e Austrália, esse modelo já foi substituído por práticas mais transparentes e alinhadas aos interesses dos clientes. No modelo tradicional de assessoria, a remuneração do assessor está vinculada ao produto que ele vende, o que pode colocar em risco a imparcialidade das alocações. Já no modelo de consultoria de investimentos, a remuneração ocorre por meio de uma taxa fixa ou de uma porcentagem do patrimônio sob gestão. Isso elimina o conflito de interesses e garante que as soluções apresentadas sejam sempre as mais adequadas ao perfil e às necessidades do cliente.
No Brasil, esse movimento de mudança começa a ganhar força, especialmente no setor de seguros. A Jeff &Gilliet, sempre à frente das inovações do mercado, está lançando um projeto de consultoria de investimentos para atender seus segurados e qualquer cliente que deseje um suporte financeiro completo. Nosso objetivo é integrar a gestão de patrimônio ao planejamento de seguros, oferecendo uma solução robusta que permita ao cliente proteger e ao mesmo tempo potencializar seus ativos.
Além disso, entendemos que muitas corretoras de seguros ainda não têm estrutura para oferecer esse tipo de serviço. Por isso, a Jeff &Gilliet também oferecerá sua expertise a outras corretoras que buscam expandir suas operações, mas que enfrentam limitações. Nosso modelo permitirá que essas corretoras ofereçam a seus clientes um portfólio mais abrangente e moderno, sem a necessidade de grandes investimentos internos, permitindo que se mantenham competitivas e alinhadas às melhores práticas do mercado internacional.
Estamos apenas no início de uma transformação inevitável e necessária. O futuro do mercado de seguros no Brasil passa pela integração com o mercado financeiro, e essa modernização será um divisor de águas para corretoras e clientes. A adaptação a essa nova realidade é crucial, e aqueles que estiverem preparados para essa mudança sairão à frente.
* Bruno Bertaggia–sócio da Jeff &Gilliet