O setor de seguros, previdência, saúde e capitalização, representado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e Federações integrantes, oferece produtos que atendem às necessidades dos consumidores em tempos de pandemia. Com as restrições de mobilidade e aumento do teletrabalho, o mercado imobiliário, por exemplo, tem observado maior movimento de aquisições e aluguéis, particularmente de imóveis maiores. Também é perceptível o crescimento da oferta de novos serviços. Nestes casos, há o seguro de fiança locatícia e os títulos de capitalização da modalidade Instrumento de Garantia, que substituem o fiador e podem ajudar a diminuir exigências nas contratações.
Os produtos passaram recentemente por mudanças regulatórias e, cada vez mais, agregam benefícios para os consumidores, como serviços de atendimento 24 horas, no caso do seguro de fiança locatícia; sorteios periódicos e possibilidade de resgate integral do valor pago ao fim da vigência, para quem adquire o título de capitalização na modalidade Instrumento de Garantia.
De janeiro a novembro de 2020, segundo a CNseg, a arrecadação do seguro de fiança locatícia chegou a R$ 813 milhões em volume de prêmios emitidos. Esse total representa um crescimento de 75,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado deve-se, em parte, à nova regra da Circular SUSEP 587/2019, em vigor desde março de 2020, que passou a exigir que as apólices fossem emitidas pelo prazo total do contrato de locação. Assim, o aumento do volume da arrecadação não representa um crescimento exponencial em novas locações, mas sim o volume de arrecadação que será diferido durante a vigência da apólice. Os contratos anteriores eram emitidos com doze meses e passaram a ter vigência de trinta meses, por exemplo.
No caso dos títulos de capitalização Instrumento de Garantia, a arrecadação, no mesmo período, atingiu R$ 2,4 bilhões, passando a representar 11% da receita global do setor. Os prêmios distribuídos em sorteios pela modalidade alcançaram R$ 964 mil.