Produto baseado em fundos quantitativos, que operam com base em modelos matemáticos, performa 563% acima do CDI e apresenta-se como opção vantajosa para investidores nesse tipo de aplicação, que visa ao longo prazo
Em janeiro de 2020, a seguradora Zurich fechou um fundo de previdência privada aberta com a gestora Kadima, que ampliou e diversificou sua oferta com uma opção relativamente incomum no mercado brasileiro: os fundos quantitativos, que operam com base em modelos matemáticos. Na janela de 12 meses, findos em março de 2021, os retornos da estratégia multimercado dos fundos de previdência administrados pela gestora foram de 12,2% (563% do CDI), números que mostram o potencial da estratégia quando comparada com a de alguns outros investimentos e denotam o sucesso da parceria em seu primeiro ano.
Os fundos de previdência da Zurich geridos pela Kadima são chamados de fundos “quanti”: eles utilizam regras de probabilidade matemáticas preestabelecidas e exaustivamente testadas – por meio de algoritmos – para indicar o momento de compra ou venda de determinado ativo. Como explica Daniel Ferrara, Superintendente de Investimentos da Zurich no Brasil, um dos fatores que explicam o bom desempenho dos fundos quantitativos em previdência é justamente a natureza desse tipo de aplicação.
“Na estatística, uma dada probabilidade tem maior chance do ocorrer quanto maior o número de observações do evento. No mercado financeiro, isso se traduz em tempo. Como os fundos quantitativos se baseiam em probabilidade de ocorrência, quanto maior a duração do investimento, maiores as chances da a estratégia ter sucesso. E a previdência é justamente o veículo mais adequado para investimentos de longo prazo no Brasil”, pontua o executivo.
Outra vantagem das estratégias quantitativas é o menor viés comportamental a que está sujeito o gestor. Segundo Daniel, esses modelos conseguem reduzir significativamente os vieses comportamentais que, muitas vezes, atrapalham os investidores.
“Mesmo os gestores profissionais estão sujeitos aos vieses de seleção e de disponibilidade, por exemplo. As estratégias quanti mitigam significativamente estes tipos de viés”
Rodrigo Maranhão, gestor da Kadima que desde 2013 aplica este modelo nos fundos previdenciários, afirma que os números falam por si. Com a estratégia multimercado, os retornos dos investimentos em previdência nas janelas de 24, 36, 48 e 60 meses, tendo como parâmetro março de 2021, foram respectivamente de: 21,8% (306% do CDI); 34,94% (250% do CDI); 43,93% (194% do CDI); e 61,77% (159% do CDI).
“Esses fundos vêm apresentando alguns dos melhores resultados da indústria”, afirma o gestor. “As estratégias ‘quanti’ não se limitam a uma única classe de fundos, podendo ser aplicados na gestão de fundos de renda fixa, multimercados e renda variável. O investidor ainda pode combinar diferentes fundos quantitativos com fundos tradicionais, para obter um melhor retorno ajustado ao risco”, aponta.
Para Daniel Ferrara, considerando todas as vantagens dos fundos quantitativos, aliadas às mudanças do cenário brasileiro com relação à legislação previdenciária e aos juros e à maior educação dos investidores, é um passo natural que este tipo de estratégia ganhe espaço na indústria brasileira de previdência privada aberta como mais uma opção importante na diversificação do portfólio.
“Segundo o Relatório Mensal de Ativos da FenaPrevi, a participação dos fundos multimercado no total de ativos em previdência passou de 6% em 2016 para 16% em até maio de 2021. Isso quer dizer que as carteiras estão se tornando mais diversificadas”, aponta o executivo. “Nosso produto junto à Kadima é uma ótima opção nesse sentido, com excelentes rendimentos no longo prazo, e se encaixa totalmente na proposta da Zurich de atender os mais diferentes tipos de investidores”, finaliza.