Papo com presidentes

Novas regras da Susep são avaliadas como positivas pelos executivos de seguradoras, mas com ponderação

Karin Fuchs

No Fórum de Oportunidades Virtual, promovido pelo Sincor-SP, na tarde de 21 de setembro, participaram os presidente da Aon Brasil, da HDI e da Zurich, respectivamente, Marcelo Homburger, Murilo Riedel e Edson Franco, no painel Papo com Presidentes, conduzido por Boris Ber, 1º VP do Sincor-SP, o ponto alto foram as colocações sobre as novas regras da Susep, incluindo o open insurance.

Para Marcelo Homburger, “as novas regras da Susep trazem em seu bojo alguns movimentos muito importantes, que estão conectados à competitividade e à tecnologia. De certa maneira, assemelha-se muito a tudo o que aconteceu com a pandemia, à habilidade de todos em se transformar e se adaptarem ao momento em que estamos vivendo”.

Segundo ele, com o conjunto de novas regulamentações que a Susep tem criado fica muito latente a importância da conexão e inserção da atividade dos corretores no sentido de apoiar, principalmente as transformações as quais os clientes, seja pessoa jurídica ou pessoa física, também estão passando. “É importante na medida em que a gente possa começar a desenvolver soluções que estejam mais conectadas às necessidades das empresas e das pessoas”.

Novas arquiteturas de produtos

Para Murilo Riedel, se por um lado há a necessidade de muitos acertos e problemas a serem resolvidos, por outro, existe um ambiente interessante, no que diz respeito ao desenvolvimento de ofertas e produtos, bem como a importância do desenvolvimento do corretor para a venda dessas novas arquiteturas de produto.

“O conjunto de circulares que foi publicado (pela Susep), claramente abriu perspectivas novas de arquitetura de negócios, ainda que precisando de muitos acertos. Tanto na área de varejo, riscos pessoais, como na área de riscos industriais, ele deve abrir outras amplitudes de arquitetura para atender realmente os nossos clientes e dar ao corretor uma instrumentalização maior na oferta de produtos mais específicos que tenham absoluta consonância com as necessidades atuais”, afirmou.

Ideia legítima

Para Edson Franco, o open insurance é uma resposta não necessariamente adequada para uma ideia legítima, que é a de promover a concorrência e a competição. Em sua opinião, o que faltou foi um debate mais amplo. “Da visão bancária para a securitária, ele não faz sentido por um simples motivo simples: o segmento bancário não é intermediado como o securitário. O corretor de seguros é um intermediário e tem um papel do ponto de vista legal de agir por conta e ordem do segurado e não da seguradora”.

Em sua opinião, não é preciso criar novos agentes de intermediação nesse processo, por outro lado, irá exigir um nível de sofisticação dos corretores em se aperfeiçoar e criar seus mecânicos digitais. “O erro foi não considerar o corretor de seguros nesse novo ambiente competitivo”, defendeu.

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