Marcio Coriolano, presidente da CNseg, fala sobre a atuação da entidade ao longo da história e no desafiador período de pandemia
Thaís Ruco
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), fundada em 25 de junho de 1951, completou sete décadas de atuação este ano. Desde o início, há três características principais presentes no ideário da entidade: suporte para o desenvolvimento do sistema nacional de seguros privados; representação institucional das associadas, e disseminação da cultura do seguro, concorrendo diretamente para o progresso do País. “Essas ações acabam redundando num ponto em comum: o esforço permanente que os seguros sejam reconhecidos como atividade estratégica na vida das pessoas, de seus negócios e do progresso de toda a sociedade. Daí porque nesses 70 anos de história há uma busca permanente de incluir o setor de seguros, previdência e vida, saúde suplementar e capitalização no centro de políticas públicas e no centro dos investimentos privados”, afirma Marcio Coriolano, presidente da CNseg.
Segundo ele, a atividade precisa ser verdadeiramente colocada no centro de medidas macro e microeconômicas, porque tem enorme contribuição a dar ao País, inclusive às reformas estruturais necessárias ao seu crescimento sustentável. “Países que têm a atividade seguradora consolidada superam mais rapidamente os ciclos econômicos adversos, já que o setor segurador desonera o Estado, assegura o bem-estar coletivo e a estabilidade da sociedade, por meio de inúmeras garantias acionadas em momentos de vulnerabilidades ou infortúnio”, pontua.
Em um ano atípico como o de 2020, a CNseg desempenhou um papel central para ampliar a compreensão do mercado sobre a dimensão econômica, social e política da pandemia e das ações necessárias para atravessar a mais profunda crise sanitária seguida de recessão econômica dos últimos 70 anos. “A CNseg promoveu valorosos diálogos com os Três Poderes, acompanhando e atuando em atividades legislativas e regulatórias, enriquecendo debates e oferecendo conhecimento técnico e análises para defender seus posicionamentos, quando necessário”, revela Coriolano.
“Só para se ter uma ideia, a CNseg acompanhou no ano passado 7,5 mil propostas legislativas, em todos os entes federativos, representando um crescimento de quase 100% em relação ao ano anterior no final do ano passado. Apenas no Congresso Nacional, foram apresentadas 6.257 propostas legislativas, 47% com o objetivo de enfrentar os efeitos da covid-19. Desse total, 50,4% (3.155) tinham impacto direto ou indireto no setor de seguros. Pelo menos 2 mil projetos de lei geravam impacto para o setor segurador. Nenhuma proposta, contudo, foi aprovada pela Câmara dos Deputados em relação aos temas mais prejudiciais ao setor, como, por exemplo, coberturas adicionais de seguros em casos de pandemia; obrigatoriedade de cobertura vacinal por planos de saúde; decretação de moratórias; suspensão de contratos de consignação”, relata.
A comunicação institucional foi outro ponto de destaque. Para poder se comunicar com a maior parte da população, o relacionamento da CNseg com a imprensa foi intensificado. A CNseg também promoveu a aproximação com as redes sociais, por meio da diversificação dos canais de comunicação. O resultado disso foi que as redes sociais da CNseg, somadas (LinkedIn, Facebook e YouTube), contabilizam 174 mil seguidores. Desde a criação, em 2017, o “Canal Seguro”, mantido no YouTube, alcançou mais de 5 milhões de visualizações.
Coube à CNseg promover uma série de webinars a partir da decretação da pandemia, em março de 2020, para orientar os passos que precisavam ser adotados pelo mercado. Todos os temas relevantes foram tratados em 19 transmissões, dando uma visão holística da dimensão econômica, social e política da pandemia e das ações necessárias para atravessar a mais profunda crise das últimas sete décadas.
Conteúdo da edição de setembro (235) da Revista Cobertura