Os altos preços das commodities geralmente impulsionam o crescimento na América Latina. Dessa vez, no entanto, inflação alta, condições financeiras mais apertadas e maior incerteza política provavelmente superarão os efeitos positivos, de modo que 2022 deverá ser um ano de crescimento econômico moderado, conforme mostrado no último artigo Economic Insights do Swiss Re Institute.
A atual perspectiva de crescimento é muito diferente do superciclo das commodities da primeira década do século 21, que foi impulsionado pela forte demanda chinesa para apoiar o crescimento de infraestrutura e manufatura. Na situação atual, não acreditamos que os altos preços das commodities compensem os efeitos de desaceleração do crescimento da crise na Ucrânia.
Algumas conclusões:
- Reduzimos nossa projeção de crescimento para a América Latina em 2022 de 2,6% para 2,1%, enquanto aumentamos nossas projeções de inflação.
- A inflação acima da meta e o aumento das taxas de juros compensarão os impactos positivos sobre os termos de troca favoráveis resultantes dos altos preços mundiais das commodities.
- A desaceleração do crescimento global, a fuga de capitais e a incerteza política local pesarão ainda mais no crescimento.
- O Brasil corre maior risco de cair em um cenário de estagflação.
- Políticas de mitigação, como cortes de impostos e subsídios em alguns países, não compensarão totalmente as pressões inflacionárias.
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