Executivos da Allianz, Bradesco e Zurich abordam o novo perfil do consumidor e as formas para chegar até ele, valorizando a essência e o toque humano
É preciso uma olhar mais humano no que tange aos desafios da distribuição, pois há muito espaço para inovar e avançar. “Nosso desafio hoje é o extrato de oportunidades, é olhar como vamos atrair as pessoas. Existe uma diferença grande entre ter seguro e estar seguro”, chamou a atenção Leonardo Freitas, diretor da Organização de Vendas do Grupo Bradesco Seguros, durante painel durante o CQCS Insurtech & Innovation 2022, que discutiu novas formas de vender
Freitas lembrou que a pandemia trouxe uma mudança de concepção de risco na sociedade, o que também estimula reflexões no mercado.
“É pensar em como nos conectamos com a sociedade e pensamos produtos de acordo com o momento de vida das pessoas. Seguro tem a ver com medo e incertezas. Existe uma nova narrativa do mercado sobre seguros”.
Nesse sentido, o diretor do Grupo Bradesco Seguros questionou: por que não falar de Saúde focando em viver bem, em vez de falar em doença? Por que não falar de seguro dental, falando do que mais tangibiliza a alegria, que é o sorriso.
“A nova forma de vender, inclui menos cliques, robôs fazendo o nosso trabalho, QR Codes”, disse Freitas, para quem o corretor tem de ser estimulado a utilizar as redes sociais para potencializar negócios.
“Quando falamos de vendas e o que move todos nós, passa por um entendimento maior do nosso papel na sociedade e o que podemos oferecer de melhor para os seguradores”, acrescentou Karine Barros, diretora Executiva Comercial da Allianz Seguros.
Ela lembrou que a essência da distribuição de seguros é baseada na confiança e no relacionamento interpessoal.
“O consumidor quer ser atendido onde estiver, no canal de sua preferência e com uma experiência única. Estamos sendo desafiados a olhar as nossas jornadas e pensar em canais, sempre mantendo o toque pessoal. Temos muita oportunidade com a tecnologia, mas precisamos ter um cuidado grande sobre o que será digitalizado e como mantemos o toque pessoal”, recomendou.
“A tecnologia e o toque humano continuam sendo a grande combinação das coisas”, destacou Fabio Leme, diretor Executivo de Personal Lines e Marketing da Seguradora Zurich, que frisou que o consumidor de seguros compara a experiência com o produto com outras experiências de consumo que ele tem.
Ao destacar a experiência no ITC Las Vegas, Leme lembrou que as insurtechs já reconhecem e recorrem aos corretores para a distribuição de seguros. “Já notamos mudanças no quesito distribuição. As insurtechs tinham uma proposta de venda e nos últimos dois anos, observamos uma mudança”, disse.