*Por Paula Bertone Norberto, Gerente de Serviços da Saúde na THB Brasil
As palavras diversidade e inclusão são conceitualmente complementares, porém possuem significados diferentes e, felizmente, estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia e em ambientes corporativos.
Um artigo da Harvard Business Review de 2018, identifica três tipos de diversidade que moldam nossas identidades, são: diversidade demográfica, de cognição e experiência. Podemos considerar que a diversidade existe desde a concepção humana, pois cada ser humano é único, já que possui um DNA exclusivo. Além disso, outras características definem a identidade de um indivíduo, como a pluralidade, termos culturais e de experiências. As diversidades como gênero, idade, orientação sexual, etnia e PcD, são evidenciadas pela sociedade como a “ponta do iceberg” e, de fato, no que diz respeito à representatividade, são as mais importantes.
Já a inclusão é sobre criar um ambiente propício para que a diversidade possa se estabelecer e prosperar, simples assim. Para que possamos entender melhor o simples e, a partir daí, tomar ações conscientes, considero importante abordarmos o processo de desenvolvimento cognitivo comportamental humano, trazendo luz à inclusão do seu próprio eu e do outro.
Processos neurocientíficos são fundamentais no aprender o que é diverso. São capazes de criar estrutura física e metodologias de convívio, dando destaque para organização do sistema nervoso, seu desenvolvimento e neuroplasticidade. Para aprender a se relacionar com aquilo que não se conhece é necessário criar conexões neurais, por esse motivo, existe uma parcela da população que leva a vida repetindo o mesmo padrão de comportamento ou interagindo com o mesmo grupo de pessoas.
Portanto, para que ocorra o processo de inclusão é necessário estar apto a aprender e isso eleva o capital humano da organização, disponibilizando uma série de pontos de vista diferentes, contribuindo para criatividade e soluções inovadoras. Para que a diversidade seja uma realidade, ela deve estar alicerçada em uma forma de pensar inclusiva, considerando histórias, experiências e infinitas formas de viver. A sociedade pode ainda não enxergar ou estar limitada em seu processo de aprendizado, mas só há ganhos em uma estrutura diversa e inclusiva.
“Se diversidade é ser convidado para a festa, Inclusão é ser chamado para dançar” a frase de Vernã Myers, VP de estratégia de Inclusão da Netflix.