*Por Rafael Quintana
A pandemia da COVID-19 acelerou novos movimentos de migração de consumidores para o universo online, gerando um salto catalizador para a transformação digital. Por conta das restrições do isolamento social, em todo o mundo, vimos as pessoas adaptando seu comportamento de compras, passando a consumir de forma periódica – ou até exclusivamente – pelos canais digitais.
Sabendo deste salto inovador, quando falamos sobre a indústria de seguros, qual é a primeira coisa que vem à sua mente? De que maneira o setor de seguros, um dos poucos que ainda mantém significativa parte de processos no modelo tradicional, vem se preparando para o mundo online? A resposta é simples: transformação digital. Uma pesquisa da TransUnion, empresa global de informações e insights de dados, mostra que a pandemia prejudicou muito mais as seguradoras não transformadas digitalmente do que as demais.
O que aponta a pandemia como um impulsionador plurianual da transformação digital, com a mudança de um mundo intermediário para um ambiente de integração e prestação de serviços sem identificação. A disrupção já bate firme na porta da indústria de seguros e a tendência é vermos a intensidade desse movimento só aumentar daqui em diante.
É bem verdade que a oferta de produtos de seguros por canais digitais não é algo novo. Pelo contrário, já existe por aqui há algum tempo. São várias as seguradoras oferecendo algum tipo de iniciativa digital aos seus clientes e parceiros. Porém, cabe a pergunta: será que as seguradoras estão realmente entregando uma experiência digital completa? Estamos preparados para atender (e, por que não, exceder) as expectativas destas novas pessoas consumidoras, que recentemente mergulharam de cabeça na experiência digital?
Esse novo consumidor é alguém mais experiente no consumo através de canais digitais e por isso também mais exigente. Deseja receber a mesma experiência de compra digital que outros setores já entregam: uma jornada simples, com atritos na medida certa, segura e focada na sua necessidade.
Arrisco dizer que podemos estar diante de uma grande tendência de aumento na pesquisa por novas marcas, onde aquelas empresas que estiverem preparadas para oferecer as melhores experiências estarão em vantagem. O futuro do processo de compra será moldado pela forma que vivemos atualmente.
Globalmente, a TransUnion observou que seguradoras mais avançadas no relacionamento digital com seus consumidores e parceiros de distribuição de produtos enfrentaram melhor o período de maior impacto no volume de negócios em suas respectivas regiões.
Como ajudamos o setor? Com soluções especializadas: analytics e data insights auxiliam as companhias a enxergar novas dimensões. Por meio do poder de dados alternativos é possível ampliar a análise de riscos e a capacidade de novos negócios. Além disso, a automação de processos traz celeridade às operações de seguros nos mais diversos ramos, uma vez que nossa solução contempla informações de mais de 600 fontes de dados para a tomada de decisão.
Ao mesmo tempo em que a transformação digital ajuda tanto empresas e consumidores, também exige atenção. O aumento no tráfego digital traz novas ameaças para os canais de interação com clientes neste ambiente online. Nossa função é disponibilizar canais que facilitem a segurança de dados das empresas. Para isso, atuar de forma colaborativa nas diferentes camadas de combate à fraude e aumentar o poder de segurança e prevenção é essencial.
Este é o momento certo para o setor de seguros apostar na tecnologia e inovação no mercado, captando novos usuários para os seus serviços e criando novos relacionamentos. Ser inovador em um ambiente tradicional é quebrar paradigmas. E nossa missão é nos reinventarmos. Te convido para trilharmos juntos essa jornada!
*Rafael Quintana é Head da Vertical de Seguros da TransUnion Brasil