A demanda por seguros de automóveis registrou alta de 12,56% em fevereiro deste ano quando comparada ao mesmo mês de 2021. É o que revela o Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS). O indicador mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas a plataforma da Neurotech, empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas a seguros e crédito, área na qual a companhia mantém um índice similar que já é referência no mercado. Na estreia, o INDS destaca os estados do Rio Grande do Sul e Paraná, ambos com crescimento de 9,72%. Em terceiro no ranking está São Paulo, com alta de 8,43%.
Segundo Daniel Gusson, Head Comercial de Seguros da Neurotech, a ideia de criar um índice para o setor veio da demanda do segmento em ter um indicador confiável que demonstrasse qual o apetite do brasileiro em assegurar o seu veículo. “Nem todas as consultas registradas são efetivadas, pois a aceitação da apólice depende de n variáveis de risco que vão impactar no seu valor. O INDS dá um direcionamento do momento do mercado, o que impacta na estratégia das seguradoras”, ressalta.
Ele destaca que o aumento da demanda está relacionado à base mais fraca registrada em fevereiro de 2021. “O segundo mês do ano, em geral, apresenta uma procura menor por seguros. É um comportamento sazonal que tem impacto do feriado do Carnaval. Em 2021, houve uma queda expressiva. Portanto, não surpreende que este ano esteja melhor, apesar de os dados do setor automobilístico terem demonstrado piora”, diz.
Em relação a janeiro deste ano, fevereiro registrou queda de 12,55% no indicador nacional. Destaca-se a retração de 22,15% da demanda gaúcha e as perspectivas para 2022 não se mostram tão promissoras. Apesar da redução do IPI, que deve ser repassada aos preços finais dos veículos, pesa o aumento da taxa Selic, que impacta o custo do financiamento. Há ainda a alta dos combustíveis e a perda da renda das famílias brasileiras.
Dados da Anfavea demonstram que as vendas de veículos novos em fevereiro sofreram retração de 22,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já a venda de automóveis e comerciais leves usados em fevereiro somou 607 mil unidades, o que representa pequena queda de 1,1% em relação a janeiro. No bimestre, foi negociado 1,22 milhão de veículos leves, uma queda de 30% na comparação com 2021. Os dados são da Fenabrave.