Roubos e furtos de modelos SUV crescem 7% na cidade de São Paulo em 2024

Entre os mais visados, Renegade e Kicks tiveram saltos de ocorrências de 25% e 39%, respectivamente, entre janeiro e outubro deste ano

A capital paulista registrou um aumento de 7% nos casos de roubo e furto de SUVs entre janeiro e outubro de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. O número de ocorrências subiu de 4.857 para 5.221, representando 74% dos casos registrados na Região Metropolitana de São Paulo. Os dados são do levantamento da Ituran Brasil, líder global em inovação tecnológica e telemetria veicular, com base em informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A região metropolitana concentra 83,3% das ocorrências de roubo e furto de SUVs no estado de São Paulo. Apesar disso, alguns municípios registraram queda nos índices: São Bernardo do Campo reduziu os casos em 38% (de 428 para 267), Santo André, em 27%, e Guarulhos, em 7%.

“Percebemos que os SUVs com até 2 anos de fabricação são os mais visados, especialmente para furtos. No caso do modelo Kicks, por exemplo, a proporção de furtos aumentou de 25% para 59%. Além disso, SUVs fabricados há até 2 anos apresentaram um crescimento de 67% nos registros de ocorrências”, analisa Fernando Correia, gerente de operações da Ituran Brasil.

No ranking dos veículos mais visados da região metropolitana, o Renegade lidera, com alta de 25% nos casos (de 825 para 1.035). Veículos desse modelo até 2 anos tiveram um crescimento de 92% e de 2 até 5 anos, de 12%.

Em seguida, aparece o Kicks, que teve um aumento expressivo de 39%, subindo de 385 para 535 ocorrências. Fabricados em até 2 anos teve um crescimento de 67% e de 2 a 5 anos, de 26%.

Por outro lado, modelos como Compass e EcoSport apresentaram queda nos índices, mas ainda registram números relevantes. O EcoSport teve uma redução de 18%, enquanto o Compass caiu 14%.

“Ao analisar os SUVs, destaca-se que modelos com mais de 10 anos, como EcoSport, Tucson, iX35, Tiguan e Duster, ainda registram muitas ocorrências. São veículos cujas peças já são mais difíceis de encontrar em concessionárias, o aumento de ocorrências pode significar que são para abastecer o mercado clandestino de autopeças”, conclui o gerente de operações da Ituran.

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