Um “tsunami meteorológico” fez com que o mar avançasse em direção ao continente na Praia do Cardoso, em Laguna, no litoral de Santa Catarina, na tarde do último sábado (11). As imagens feitas por banhistas mostram as ondas atingindo os veículos estacionados no local, que chegam a flutuar, causando prejuízos materiais para os proprietários que podem não ser acobertados pelo Seguro Automotivo.
Isso porque, de acordo com Alex Darlan, representante do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), o seguro não cobre danos causados ao veículo que está estacionado ou transita na areia da praia. “Mesmo que o carro esteja com o Seguro Automotivo em dia, a submersão total ou parcial em água salgada está prevista na lista dos riscos excluídos e das situações em que os segurados perdem o direito à cobertura”, explica.
Ou seja, perdas ou danos ocasionados pelo mau uso do veículo, com exposição deliberada a grandes riscos, ou por trafegar em estradas ou vias não autorizadas, bem como em praias e regiões ribeirinhas, não têm cobertura pelo seguro. “Por outro lado, no momento da análise do sinistro, caso o veículo estivesse transitando ou estacionado em local apropriado, aberto ao trânsito, regulamentado, e acabou sendo atingido pela água salgada, a companhia seguradora poderá fornecer assistência e cobertura”, completa.
O representante do Sindsegnne afirma ainda que é preciso que todo proprietário tenha em mente que, ao contratar um seguro para seu carro, está assumindo um compromisso com a seguradora. “Ou seja, tanto o contratante quanto o contratado passam a possuir direitos e deveres específicos a depender da cobertura, dispostos na apólice”, cita Darlan.
Por isso, segundo o especialista, é de suma importância que o segurado, seja ele contratante de qualquer produto de seguro, leia as condições da sua apólice atentamente e tire todas as dúvidas com o seu corretor para evitar surpresas futuras.