No saúde, pouco se fala sobre cartão benefício, como disse o presidente da FenaSaúde João Alceu
Karin Fuchs
Na coletiva da CNseg, o presidente da entidade, Marcio Coriolano, mostrou que 72% das pessoas no País têm um rendimento de até dois salários mínimos. João Alceu, presidente da FenaSaúde, expôs que o aumento da base segurada é uma bandeira antiga e que isso se dá com o aumento da variedade e da segmentação dos produtos, além da introdução de franquias, para que o produto caiba no bolso do consumidor.
“Como dito pelo Coriolano, o consumidor está com pouco recurso na medida em que a maioria da população ganha até meio salário mínimo. Fico perplexo com a resistência que a gente encontra, principalmente das entidades de defesa do consumidor, quanto à ideia da subsegmentação de planos mais baratos, de planos com franquias agregadas, quando se quer realmente colocar esses produtos na prateleira adicionalmente aos que já existem”, afirmou Alceu.
Segundo ele, justamente para dar mais opções àqueles que não têm renda suficientemente para comprar os planos com os preços que estão. “Nós temos no Brasil cerca de 300 empresas de cartão benefício que só cobrem consultas ou só exames, e nada se fala. São produtos que estão atendendo essa camada da população que não tem renda para adquirir um plano completo e amplo, e excessivamente regulados, que são os planos de saúde”.