Após iniciar nos seguros aeronáuticos, MGA avança para outros negócios e aposta no seguro Garantia, cuja estratégia é atender o segmento de middle market
Carol Rodrigues
A ASAS Group Seguros e Resseguros começou as operações em 2015, quando o CEO Marcelo Assumpção decidiu implementar um modelo de negócio diferente no Brasil. Para celebrar os primeiros sete anos de atuação, a MGA, que é um modelo de agência de subscrição, reuniu corretores de seguros e resseguros, executivos de seguradoras e demais parceiros em evento ontem, 11 de agosto, no Jockey Clube de São Paulo.
O trabalho teve início na carteira de Aeronáutico focado em Resseguro Facultativo para toda a América Latina, tendo como parceira a Austral Re. “Após um período, abrimos a carteira como seguradora. A nossa grande parceira hoje em várias linhas é a Essor Seguros”, conta Carolina Rammelt Varaldo, diretora Internacional de Aeronáutico da ASAS.
“Hoje, a ASAS e a Austral Re formam o segundo maior ressegurador local do Brasil. Na América Latina, desenvolvemos muitos negócios na Argentina, no México, na Colômbia e na Guatemala. No Brasil, com a Essor, somos um player muito importante, pois temos conseguido boas contas e bons resultados, com uma sinistralidade muito boa, o que é difícil nesse segmento”, destaca a especialista.
Segundo Guillermo Delfino, diretor de Negócios Facultativos de P&C para América Latina da ASAS, o começo foi bem desafiador por ser algo novo no Brasil e na América Latina. No entanto, a companhia que iniciou as operações com o Aeronáutico, aos poucos introduz novos segmentos como Property, Financial Lines e Garantia. “O objetivo é nos tornarmos multirramos com presença regional”, destaca o diretor da ASAS, que encerrou 2021 com R$120 milhões de produção e, em 2022, já se aproxima dos R$ 200 milhões.
O Garantia no segmento de middle market
Durante a celebração dos sete anos, Marcelo Assumpção, CEO da ASAS Group Seguros e Resseguros, falou da área de Garantia, que tem como CEO José Marcelino Risden, como uma das apostas.
Risden anunciou que, a partir de 15 de agosto, a ASAS começa a atuar com a American Life efetivamente como MGA de Garantia. “Isso não significa que vamos deixar de operar com outras companhias, pois essa é uma operação complementar em termos de políticas de negócios e capacidades”, explica Risden, que define o negócio como uma realização.
O executivo, que foi CEO da Berkley, já vinha desenhando um projeto voltado para o mercado de garantias voltada ao middle market. Em 2021, ele iniciou a estruturação e, ao reencontrar Marcelo Assumpção, surgiu o convite para Risden integrar a ASAS. “Começamos a trabalhar a estruturação da operação de garantia, tendo a Berkley como primeira seguradora”, conta.
Para Risden, as MGAS ocupam um espaço deixado pelas seguradoras, pois a maioria dos players atuam grandes negócios. “Tem um espaço do pequeno e médio negócios, pois os corretores de seguros que operam e que precisam desse serviço. As seguradoras, apesar de investirem muito em tecnologia e estrutura, não conseguem abraçar e atender. Esse é o espaço que nos enxergamos e que faz todo o sentido para uma MGA”.
O CEO da ASAS Garantia define que o papel da MGA é não só atender os corretores, mas atendê-los, fazer a subscrição do risco, a emissão e, no que diz respeito ao seguro Garantia, fazer a análise de crédito, ou seja, todo o processo operacional da seguradora, que é custoso e trabalhoso, a MGA faz. “Atendo o corretor e presto um serviço para a seguradora. Temos uma grande expectativa em termos de ocupação de espaço no mercado. Para isso, fizemos uma pesquisa com corretores de seguros para entender as demandas deles porque no final do dia o meu cliente é o corretor. O que ele quer é serviço e esse é propósito da MGA”.