Géia Consultoria é a realização de uma mulher corretora em querer fazer algo diferente

Cuidar da saúde integral, física e mental dos clientes é o propósito da Géia, administrada por Sandra Oliveira, que desenvolve e aplica soluções de Benefícios com foco em gestão de Saúde

Carol Rodrigues

Ela vende saúde em todos os sentidos. Afinal, Sandra Maria Lima de Oliveira, presidente da Géia Consultoria e Corretora de Seguros, atua na consultoria e venda de planos de saúde e vive o cuidado que prega aos seus clientes e também aos seus colaboradores.

“Sou vegetariana há muitos anos. Em 2009, iniciei a prática de corridas de rua e permaneço até hoje. Em 2014, levei para a empresa um projeto de atividade física que fazemos desde então, duas vezes por semana, durante o expediente antes do término da jornada. Duas vezes por semana também realizamos dez minutos de ginástica laboral”.

Além disso, uma vez por mês seus colaboradores têm uma inscrição grátis para corrida de rua, com tenda e apoio do professor e educador físico Fernando. A prerrogativa dela é estar bem e a sua equipe também.

Sandra atua há 40 anos no segmento de Benefícios e sua busca é pela congruência com foco no colaborador. “Cuidar da saúde integral, física e mental daquele que cuida do cliente e ser referência para os clientes, entendendo o que fazer para mudar a cultura organizacional, a fim de atingir sucesso na qualidade de vida das pessoas e nos resultados financeiros”, explica. “O cuidado com pessoas gerando resultados, parece impossível, mas não é”, acrescenta.

Equilíbrio vida profissional e pessoal

Na religião, ela escolheu o catolicismo. “Tenho muita fé e ela me ajuda a remover montanhas, literalmente”.

Com uma rotina de trabalho intensa, a presidente da Géia se mantém perto de todaa operação e estratégia. “Trato cada cliente como se fosse único. Mantenho acesso livre para os colaboradores”.

Equilibrar a atividade profissional e pessoal não é fácil. “A conquista de muitos anos de sofrimento por conta de misturar os dois lados, foram muitas noites de sono perdidas e muita tensão. Com o tempo e com o desenvolvimento da sensibilidade, a gente começa a adquirir autoconhecimento, a entender como funcionamos e, a partir disso, é possível inserir na rotina coisas que gostamos de fazer e que nos trazem para o centro, atingindo o equilíbrio”.

No caso de Sandra, o equilíbrio é obtido por meio do cuidado com seus pets, das suas plantas e cozinhando, ou melhor, como ela mesma diz: “fazendo arte na cozinha com todo ritual que o alimento merece, além de praticar esportes. Não vivo sem plantas e animais. Hoje tenho uma pastora a Dara, duas SRDs Luana e Princesa Géia, que recebeu esse nome porque desde que foi resgatada em agosto de 2018 até a pandemia ficava no ambiente corporativo”.

Géia: cuidado com resultado

A Géia é uma empresa familiar com Sandra à frente dos negócios desde o início. “Há cerca de quatro anos iniciei o processo sucessório, buscando dentro da empresa pessoas com os mesmos valores, conceitos e cuidados alinhados com a minha visão de negócio”.

Segundo ela, o foco do trabalho da consultoria é gestão da saúde, administrativa e financeira dos contratos com foco na qualidade de vida dos colaboradores para um menor risco da carteira, contando com apoio de uma equipe de especialistas para gestão destes três pilares.

Um desafio de quem atua na área, na visão de Sandra, é conseguir alinhar cuidado com resultado. “É necessário muito trabalho, persistência e paciência, até porque cada empresa/entidade tem um perfil, não é um modelo único a ser aplicado, precisa ser adaptado às realidades”.

A ideia de criar a consultoria surgiu após alguns anos de atuação no segmento. Foi quando ela percebeu que o foco não estava no cliente e/ou no colaborador, mas apenas no resultado financeiro das empresas. “Após o desligamento de uma consultoria, revi alguns conceitos e não tinha mais o desejo de retornar ao mercado da mesma forma, eu queria e precisava fazer diferente”.

Segundo ela, em 1989, ano de fundação da consultoria, o mercado era e continua sendo majoritariamente masculino. “Havia um crescimento significativo em busca de ofertar soluções na área, porém apesar do esforço, pouca era a entrega e isso acontecia por diversos fatores: desde a falta de conhecimento do negócio, base de dados insuficiente para tomada de decisão e falta de pessoas com capacidade técnica voltada para o assunto”.

Experiência

Como maior ensinamento de sua trajetória, ela cita aprender a retirar algumas camadas de máscaras que a vida nos impõe vestir ao longo da trajetória. “Quanto mais camadas, menos somos nós mesmas. É muito bom ter o rosto despido com o aprendizado, poder ser livre para falar e fazer o que pensamos e acreditamos, além de ter a certeza de que apesar de todas as dificuldades fiz as escolhas certas”.

Para as mulheres corretoras que querem seguir na sua área, Sandra recomenda que todas se ajudem. “O trajeto para a consolidação desta conquista, fica mais leve, e feliz também, quando podemos contar umas com as outras”.

Em sua visão, a mulher tem um dom especial, possui uma visão que vai além do objeto. “Em sua atuação, considera o ser humano que está ao seu lado batalhando e aquele que está contratando seus serviços. Elainveste na qualidade e o resultado financeiro acaba sendo consequência, inclusive uma grata consequência, porque ele é fundamental, mas não pode ser o único objetivo. Precisamos concordar que para a mulher empreender é muito mais difícil que para o homem, ela tem que se desdobrar, competir nem sempre apenas por competência, mas muito mais com o preconceito, discriminação etc. Mas, já estamos conseguindo mudar esta história, portanto, venham! Juntem-se a nós”.

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