ITC Las Vegas: Atendimento humano e humanizado é essencial no mercado de seguros

Em 2030, a tecnologia será ainda mais mandatória, mas como uma estrutura que ajuda a atender melhor os clientes. Seguradoras precisam se desafiar constantemente para atender as necessidades de proteção da sociedade

“Temos que ser inovadores e criativos. Continuamos a buscar formas de atender necessidades não atendidas”, destacou Janet Buzil, VP de Inovação de Produtos na Chubb.

Segundo ela, muitos parceiros procuraram a Chubb para que ela oferecesse suporte para Covid-19. “Nós desenvolvemos um produto para dar suporte à vacina, caso houvesse alguma reação adversa. Precisamos identificar o que está acontecendo e  entender como ajudar as pessoas. Muitas vezes, isso vai exigir um parceiro, uma empresa que traga expertise”, contou.

Para isso, é necessário contar com a tecnologia para oferecer uma melhor experiência ao cliente, incluindo dados, analytics e toda a capacidade digital.

“Nossos clientes nos procuram quando têm uma perda trágica ou um acidente, estão doentes ou sofreram com um furacão. Eles não querem conversar com um robô quando acabaram de ser vítima de um terremoto. Eles querem conversar com uma pessoa. Devemos atendê-los rapidamente. A tecnologia deve ser utilizada para isso”, disse Denise Garth, diretora de Estratégia da Majesco.

É necessária humanização na decisão de seguros e empatia na relação com funcionários e clientes.

“Iremos utilizar mais a inteligência artificial. A tecnologia vai mudar tudo, mas as pessoas sempre serão um elemento importante para o nosso negócio”

Em 2030

Daqui a oito anos, ou seja, em 2030, a tecnologia será ainda mais mandatória como uma estrutura que ajuda a atender melhor os clientes.

“Iremos utilizar mais a inteligência artificial. A tecnologia vai mudar tudo, mas as pessoas sempre serão um elemento importante para o nosso negócio. Os vencedores serão as empresas que encontrarem maneiras de facilitar as coisas para as pessoas. Podemos trazer novas tecnologias e novos serviços e melhorar os modos de vida”, prevê Emilio Figueroa, Chief Insurance Officer Foresight Commercial Insurance, que também chamou a atenção para a curiosidade, que é um ativo importante. “Muito está acontecendo fora que impacta o nosso setor. Precisamos estar atentos”.

Durante o painel “Reformulando o mercado de seguros de 2030, um líder de cada vez”, no Insuretech Connect, que é realizado em Las Vegas até hoje (22), os executivos também discutiram a atratividade do mercado de seguros para novos profissionais.

“Não é tornar a indústria do seguro sexy, mas fazer com que as pessoas queiram vir trabalhar nessa área daqui a 10 anos. Já ouvi em algumas seguradoras que, daqui a cinco anos, 40% dos funcionários estarão próximos da aposentadoria. Isso é um desafio porque todo conhecimento vai sair da empresa”, refletiu Janet.

As pessoas não conhecem bem as oportunidades de seguros, por isso é importante mostrar que seguros é um mercado atraente. “Eu não esperava trabalhar em seguros. Queria ser cantora. Seguro é sexy também. Logo você percebe que é um setor incrível e fica apaixonado por ele”, declarou.

Para ela, de forma geral, para atrair novos talentos, é necessário ter valores claros e que eles acreditem nos valores das empresas. “No geral, quando converso falo sobre o que tentemos fazer para inspirar essa visão do futuro – a combinação dos valores corporativos com o que estamos tentando implementar. Seguro significa fazer o bem. E quando chega a hora de fazermos o bem é uma das experiências mais emocionantes que existe”.

Inovações em produtos

“O maior desafio até agora é o sistema administrativo, ou seja, deixar para trás o sistema legado, que tinha muitas coisas que nos prendiam. Agora estamos trabalhando para abrir possibilidades em termos de dados analíticos para ter uma precificação mais customizada e produtos mais customizados. Isso nos leva a outra área que também está mudando a nossa indústria que são os canais. Os canais vão até o cliente. Os agentes e corretores são muito valiosos. Não é questão de trabalhar sem eles, mas podemos usar novas canais para fazer pesquisa, para a compra de serviços”, diz Eric Tawfall, VP de Personal Lines da MMG.

São tempos interessantes para o setor de seguros. “Com a era digital nós precisamos atender as necessidades e ir além das expectativas de nossos clientes. Se quisermos estar à frente do setor, precisamos ser bons líderes, encorajando e promovendo a cultura de liderança, compartilhando e inspirando uma visão, além de desafiar os processos e olhando para fora”, observou Janet.

Para ela, valorizar a diversidade e inclusão, reconhecendo as contribuições dos indivíduos e comemorando o sucesso são pontos importantes.

Emilio Figueroa chamou a atenção para a necessidade de as companhias serem ágeis, criativas e implementar as mudanças, trabalhar com os reguladores e ter a mente aberta na medida me que nós prosseguimos. “Precisamos inovar e também ir ao mercado muito rapidamente”.

Notícias relacionadas:

ITC Las Vegas: Modelagem de mercado pode ser melhor trabalhada pelas seguradoras

Revista Cobertura desde 1991 levando informação aos profissionais do mercado de seguros.

Anuncie

Entre em contato e descubra as opções de anúncios que a Revista Cobertura pode te oferecer.

Eventos

Próximos Eventos

Mais lidas da semana

Mais lidas