Telemática pode ser um grande instrumento na precificação do seguro automóvel, além de ajudar a melhorar a performance do motorista
Como o mercado de seguro Automóvel evoluirá nos próximos cinco anos? Como será a abordagem colaborativa entre as operadoras em relação a dados? O assunto foi abordado no painel “O futuro do Seguro Auto: digital, preditivo e baseado no uso”, durante o Insuretech Connect, que é realizado em Las Vegas.
Nos próximos anos, a indústria estará dedicada a descobrir como reduzir a fricção com relação a OMs e operadoras, segundo Katie DeGraaf, head of Product & Telematics OnStar Insurance General Motors.
“Temos pensado em como conectar o motorista que adora o seu veículo da GM, como proteger essa pessoa, manter a sua segurança, e também tornar a sua experiência a melhor, em que pareça mais um serviço do que um ônus”, opinou Katie.
Galen Shaffer, VP da EOS Venture Partners, também citou a colaboração entre fabricantes e operadores como importante no futuro próximo. Para ela, algo relevante é fazer com que a telemática seja um elemento muito importante no engajamento dos detentores de apólices.
“Algo que não discutimos muito, mas é uma tendência muito importante daqui em diante são os veículos autônomos, já temos a direção assistida e, em breve, teremos a direção autônoma ligada e desligada e talvez no futuro veículos plenamente autônomos. Há perguntas significativas que já estão sendo feitas sobre responsabilidade, se fica com o sistema operacional, a fabricante ou do individuo que está operando o carro”, refletiu.
Hoje, no mundo atual, se faz o seguro do motorista, mas quem será o motorista do futuro? “As empresas que começarem a lidar com essa questão um pouco mais cedo, em vez de colocar as inovações nas bordas, terão uma experiência mais compensadora conforme esse ambiente e risco evoluem”, disse Galen.
Katie acrescentou que haverá a evolução dos dados, conforme se avança na trilha de combinação por humanos e máquinas. “Talvez chegaremos a um veículo plenamente autônomo e, quando isso ocorrer, teremos conjuntos de dados novos. Temos muita experiência do que já usamos como subscrição e preço. A quantidade de dados que vem nos veículos produzidos hoje é totalmente diferente de toda a nossa experiência, pois é mais rica e complexa. Realmente isso cria novas oportunidades”.
Na visão de Rory Joyce, GM of Insurance Credit Karma, é necessário ter um esforço focado em um marketing diferente do que temos hoje. Se seguirmos a forma tradicional, vamos avançar muito lentamente e estaremos falando as mesmas coisas daqui a cinco anos”.
“Estamos tentando criar uma jornada do cliente com menos fricção”, frisou Christopher Frankland, CEO e fundador Insurtech 360.
A telemática
“Em termos de preço justo, a telemática tem a possibilidade de colocar as pessoas e saber como elas estão engajando e investindo, em vez de usar as variáveis tradicionais que têm usado para fazer o underwriting”, diz Galen Shaffer.
Em síntese, a telemática pode melhorar a experiência do cliente. “Inclusive tornando o motorista melhor e mais seguro”, acrescentou.
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