Sustentabilidade do setor de saúde depende da discussão do preço de incorporação

Revista Visão Saúde, da Abramge, também aborda a força-tarefa da saúde no Rio Grande do Sul e a missão da nova diretoria liderada por Gustavo Ribeiro

Nos últimos anos, muito tem se falado da sustentabilidade do setor de saúde suplementar, mas de forma geral pouco se aborda o impacto que a incorporação de novas tecnologias e seu alto custo. A verdade é que não é possível falar de acesso à saúde sem colocar na mesa de discussão o preço pago por elas. Nesse sentido, a Revista Visão Saúde, traz o tema como destaque em sua 29ª edição.

A publicação da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) traz uma série de entrevistas que abordam a importância de colocar na pauta a sustentabilidade financeira da Saúde Suplementar e do Sistema Único de Saúde (SUS), além do papel da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Não podemos discutir o acesso às inovações sem discutir o preço das incorporações. Os recursos são finitos e novas soluções e inovações surgem todos os dias. A saúde suplementar não tem um orçamento único, mas tem a capacidade de pagamento das famílias, do indivíduo e das empresas, que também têm um limite. Então, temos que pensar sempre em discutir o preço do acesso a essas inovações”, avalia Cassio Ide Alves, diretor médico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

Para entender um pouco os gargalos e distorções que acontecem nos processos de incorporação é preciso entender como se dá a precificação de medicamentos no Brasil, que é responsabilidade da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Com vasta experiência na área de registro de medicamentos, Daniela Marreco Cerqueira foi nomeada a secretária-executiva da Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamento (CMED), em 2023.

Atualmente, ela tem como um dos desafios a atualização do arcabouço normativo da CMED, que data de 2004. “Esse é um dos nossos grandes desafios. Outro grande desafio é conseguirmos, nesse cenário, em que as terapias medicamentosas estão cada vez mais caras e os produtos de terapia gênica custam na casa de milhões, equilibrarmos a precificação desses produtos para que sejam acessíveis à população, de forma que o sistema de saúde pública e a saúde suplementar consigam pagar por eles”.

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A tragédia sem precedentes em decorrência das chuvas intensas e, consequentemente, de inundações por conta do transbordamento de rios no estado do Rio Grande do Sul chocou a todos. De imediato, as operadoras de saúde criaram seus planos de contingência para ajudar a população local de alguma forma.

“As operadoras em geral já possuem um contexto social muito importante na atuação de nossa sociedade. Priorizar a manutenção dos fluxos de atendimento, em meio a todo esse caos, é a melhor forma de ajudar a sociedade como um todo. Esse é um momento muito difícil e delicado. Se não tivéssemos lutado para garantir o acesso aos serviços, muita gente seria impactada negativamente neste momento que, certamente, é dos mais difíceis de suas vidas”, descreve Alexandre Salgado, diretor-executivo da Sulmed.

Abramge sob nova direção

Gustavo Ribeiro assumiu a presidência da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) para o biênio 2024-2026 atento aos enfrentamentos do setor de saúde suplementar. Para isso, uma das suas prerrogativas é a busca da sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil.

“Hoje o setor busca o reequilíbrio. Esse caminho passa por desafios como aumentar o acesso para população brasileira aos planos de saúde, aliado a condições que garantam a saúde perene do setor”, afirma.

Confira esses e outros destaques na edição 29 da Revista Visão Saúde. Acesse aqui a edição completa.

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