Durante almoço da Aconseg-SP, Ferrara destaca o potencial mercado consumidor dos produtos das seguradoras, uma missão para as assessorias e seus corretores de seguros parceiros
O Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), lançado pelo CNseg, tem como objetivo aumentar a participação do setor no PIB para 10% até 2030. Para isso, há um esforço das entidades do mercado, inclusive do órgão regulador, a Susep, e mais ainda das seguradoras, para que esse objetivo seja alcançado.
A Tokio Marine tem buscado fazer a sua contribuição em uma estratégia alicerçada pelo crescimento orgânico e um portfólio completo com mais de 90 produtos e mais de 120 serviços.
Seus resultados indicam que a companhia está no caminho certo. “Em termos de planejamento estratégico, estamos com uma visão muito otimista com relação a 2025. Já somos uma companhia de R$ 13,1 bilhões, com crescimento de 9,5%”, destacou José Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine Seguradora, sobre os resultados da companhia até o mês de setembro de 2024.
O CEO, junto à sua diretoria composta por Marcos Kobayashi, diretor Comercial Nacional Varejo e Vida; Marcelo Goldman, diretor-executivo de Produtos Massificados; Felipe Smith, diretor executivo de Produtos Pessoa Jurídica, e Alexsandro Priuli, diretor Comercial Varejo SP Capital, foram os convidados do tradicional almoço realizado pela Aconseg-SP em 2 de outubro, no Terraço Itália (SP).
“Há muita oportunidade de crescer o nosso mercado. Vejo uma indústria securitária que continuará pujante ao longo de 2025 e também oportunidades com o surgimento de novos nichos”, comentou Ferrara.
Ele ressaltou a importância das assessorias para o modelo de negócios da seguradora. “Nós tratamos as assessorias como se fossem uma sucursal nossa. Temos praticamente as mesmas metas, os mesmos objetivos de performance e o mesmo alinhamento estratégico”.
A reviravolta do automóvel
Ferrara destacou que mudou o seu pessimismo com relação ao futuro da carteira de Automóvel, antes gerado pela uberização e também uso dos veículos compartilhados. “Está todo mundo comprando carro e temos novas indústrias de veículos chegando no Brasil. O mercado de automóvel vai continuar por muito tempo. Tivemos um crescimento de 17% muito em cima de vendas novas, de carros zero quilômetro”.
No entanto, ele destacou a importância da diversificação.
Segundo Marcos Kobayashi, diretor Comercial Nacional Varejo e Vida da Tokio Marine, a companhia multiproduto possui quatro grandes linhas: Automóvel, RD Massificados (Condomínio, Fiança e Residencial), Vida e Produtos Pessoa Jurídica.
“Auto é a maior carteira que temos dentro da companhia, mas o número de crescimento de Massificados, Vida e PJ mostra que estamos avançando nessas linhas de negócios para que vocês possam melhorar mix de carteira, share, resultado e oportunidade de negócios”, compartilhou o diretor.
O mix de produção das assessorias
De setembro de 2023 a agosto de 2024, a representatividade da participação da produção das assessorias em todo o Brasil no canal Varejo da Tokio Marine atingiu 21,5%, um crescimento de 5,9% em relação ao período de setembro de 2022 a agosto de 2023. Na distribuição das linhas ficou Auto com 4,3% de crescimento, RD Massificado, 22,9%, Vida, 15% e Produtos PJ, 10,8%.
Somente as assessorias de São Paulo apresentaram crescimento de 8,5%, um incremento de 6,1% em relação ao período anterior. A distribuição de crescimento ficou 4% Auto; RD Massificados 28,9%, Vida, 20,5% e Produtos PJ 14,4%.
Ricardo Montenegro, presidente da Aconseg-SP, destacou a importância de despertar o interesse do corretor para outros ramos por meio de ‘pílulas’ de conhecimento sobre as operações de ramos. “Esse seria um estímulo para que o corretor venha praticar alguns produtos que ele não conhece, tais como D&O, Transporte e Garantia)”.
Nesse sentido, Montenegro lembrou o evento Aconseg-SP convida: “O corretor no seguro de vida”, que será realizado no dia 16 de outubro com o objetivo de fomentar o vida nos corretores de seguros.
Cenário
Ainda sobre 2025, Ferrara destacou que 2025 será desafiador, diante da atuação das Associações de Proteção Veicular, as chamadas APVs, ao mesmo tempo em que o mercado e a Susep projetam uma indústria mais pujante com mais ofertas de seguros e novos players entrantes.
“Tem novas seguradoras entrando e esse é um desejo da Susep para tentar chegar em 2030 com 10% de participação do PIB. É um movimento irreversível e vamos ver como isso se comporta. Também temos novos modelos de distribuição. Os bancos estão trabalhando forte na distribuição de seguros massificados, inclusive os digitais”, analisou Ferrara, ao reiterar a aposta de crescimento orgânico junto à legião de assessorias e aos corretores de seguros em todos o Brasil.
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