Empresas que se preocupam com o meio ambiente, que atuam com responsabilidade social e buscam melhorar suas práticas de governança são consideradas organizações ASG.

Traduzida do inglês (Environmental, Social and Governance), a sigla ASG (Ambiental, Social e Governança) é uma iniciativa voluntária que fornece às empresas diretrizes para a promoção do crescimento sustentável por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras.

Consolidada como um tema de relevância mundial, a pauta ASG vem se tornando cada vez mais essencial para as estratégias de negócios, e passou a ser um pilar organizacional de muitas empresas.

No setor de seguros, a adequação ao ASG é um movimento que está sendo regularizado junto à Circular 666/22 da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A Circular entrou em vigor em agosto deste ano e tem como objetivo nortear os modelos de atuação das corporações para ASG, além de evitar que riscos sociais, ambientais e climáticos ocasionem situações catastróficas para as instituições seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores.

Redução de prejuízos

Uma das motivações da pauta é reduzir o volume de perdas deste mercado. Para compreender a dimensão do problema, em 2021, o mercado de seguros acumulou prejuízos de 105 bilhões de dólares causados por catástrofes naturais. O valor é 6% superior ao registrado no ano anterior, conforme apresentou estudo publicado pela Swiss Re Institute.

Já no Brasil, o setor agrícola foi um dos que mais prejudicou o crescimento das empresas resseguradoras. No País, o fator climático foi o maior responsável pelos danos, ocasionando, entre janeiro e junho de 2022, um total de R$ 4,6 bilhões em perdas, segundo dados da Susep.

Por estes e outros motivos as práticas sustentáveis e sociais estão no radar das companhias e atraindo investidores. Segundo estudo da consultoria Deloitte, 74% das organizações planejam ampliar o orçamento direcionado à ASG ainda neste ano. Os principais focos de atuação são a redução dos gases do efeito estufa, a regulamentação dos mercados de crédito de carbono e pautas relacionadas a diversidade e inclusão.

Diante desse cenário, a estimativa é de que, até 2030, os financiamentos voltados para projetos sustentáveis alcancem US$ 23 trilhões, e, destes, US$ 1,3 trilhão serão no Brasil, de acordo com dados divulgados pela IFC Brasil.

Certificação Avançada em ASG e Seguros

Para profissionais que desejam fazer parte de projetos ambientais, sociais e de governança, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) lançou a Certificação Avançada em ASG e Seguros. Inédito no mercado nacional e previsto para começar em outubro, o programa oferece, de forma estruturada, os principais aspectos dos pilares ASG para o mercado segurador, e como aplicá-los na cultura das empresas.

O curso aborda a influência dos aspectos ambientais, sociais e de governança na seleção de ativos destinados à constituição de reservas técnicas, e ensina a desenvolver um processo robusto de disclosure, via relatório de sustentabilidade ou similar.

Dividido em nove módulos, o programa é coordenado pelo professor, advogado, corretor de seguros e especialista em ASG, Mauricio Leite.

Atualize-se quanto à Circular Susep 666/22 e atenda às novas exigências legais do setor de seguros. Visite o site da ENS e conheça o curso!

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