Crescimento dos custos médicos deve ser de 12,9% para as empresas brasileiras em 2025, indica Aon

Aon plc (NYSE: AON), empresa líder global em serviços profissionais, prevê em seu relatório de Tendências Globais dos Custos Médicos 2025, um crescimento de 12,9% para os custos médicos corporativos no Brasil, uma redução de 1,2% em relação à última edição do estudo. A média brasileira está acima da América Latina, projetada em 11,7% para 2024 e 10,7% em 2025.

“Os números no Brasil continuam elevados se comparados com as médias global e da América Latina. Mesmo com a frequência de utilização dos serviços médicos se estabilizando após o período de pandemia, a variação dos custos médicos continuará sendo impulsionada em 2025 por tratamentos e terapias, além da crescente demanda por medicamentos de alto valor. As perspectivas para o novo ano reforçam a necessidade de uma gestão eficiente dos planos de saúde por parte das empresas”, explica Leonardo Coelho, vice-presidente de Health & Talent Solutions para o Brasil na Aon.

O cálculo para essa projeção da tendência de custos médicos leva em conta o comportamento de utilização dos planos de saúde e os custos de eventos como consultas eletivas, atendimento em pronto-socorro, exames, terapias, custos ambulatoriais e de internações, além do impacto da incorporação de novas tecnologias e medicamentos à cobertura obrigatória – o chamado rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Algumas projeções para 2025 se destacam:

  • Aumento da frequência em terapias simples (psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, entre outras), devido às novas normas da ANS, que ampliou a possibilidade de uso, sem limitação do número de sessões por ano.
  • Queda nos eventos de maior complexidade, mas aumento nos de menor complexidade, justificado pelos eventos eletivos.
  • Impacto dos medicamentos de alto custo – especialmente os incluídos no rol nos últimos dois anos, como quimioterápicos e imunossupressores – e de eventos ambulatoriais.

O estudo também apresenta as condições médicas que mais impulsionam os custos de planos de saúde corporativos no Brasil. São elas: doenças autoimunes (exceto Diabetes Tipo 1), doenças cardiovasculares, câncer e saúde mental – esta última com um crescimento significativo desde a pandemia, elevando os custos com tratamentos psicológicos.

Conforme carteira da Aon de 2024, em comparação a 2023, houve crescimento de 23,63% na frequência de terapias simples, reflexo principalmente da cobertura ilimitada para essa modalidade, impactando, além da utilização para saúde mental, também no aumento da demanda por terapias específicas como a Applied Behavior Analysis (ABA), incluída no rol da ANS em 2017 e indicada para o tratamento de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse aumento da frequência somada à cultura de realização de terapias simples fora da rede credenciada e por meio de reembolso, contribuiu para um aumento de 11% do custo médio desses serviços.

Coelho explica a relevância de iniciativas que promovam o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores, impactando a longo prazo na redução dos custos com saúde: “A complexidade do cenário destaca a necessidade das empresas em definir uma estratégia de benefícios de saúde baseada em análises de dados que apresentem as necessidades da sua força de trabalho. Promover a qualidade de vida e incentivar cuidados preventivos, é fundamental para mitigar custos e reduzir o estresse dos colaboradores.”

Projeções Globais de Variação do Custos Médicos para 2025

Para 2025, a Aon prevê que a média global de aumento dos custos de planos médicos será de 10%, uma pequena redução em comparação aos 10,1% registrados para 2024, que foi a maior projeção dos últimos 10 anos. Essa média reflete variações regionais, onde algumas regiões, como Ásia-Pacífico e América do Norte, esperam aumento nos custos, enquanto outras, como América Latina e Europa, projetam uma redução.

O relatório destaca ainda que, globalmente, 60% das empresas avaliam flexibilizar seus benefícios como estratégia de mitigação que lhes permitirá maior controle de seus gastos e custos, tornando-se uma ferramenta eficiente de recursos humanos para oferecer pacotes de benefícios diferenciados.

“Estamos em um momento crucial, com a inflação global diminuindo pela primeira vez em quatro anos, o que pode ser um ponto de inflexão macroeconômico. Embora a volatilidade econômica do mundo pós-pandêmico continue afetando muitas economias, especialmente na América Latina, onde ainda se luta contra a desvalorização da moeda e o incremento geral de preços, projeta-se que a região verá uma diminuição nos custos médicos para o próximo ano, refletindo ajustes nas expectativas de mais da metade dos países latino-americanos. É crucial reconhecer que essa tendência também está alinhada com condições regionais específicas e as estratégias empresariais que os empregadores implementam para mitigar os aumentos desses custos médicos” explica Max Saraví, head of Human Capital para a América Latina na Aon.

O Global Medical Trend Rates 2025 reúne informações dos escritórios da Aon que intermediam e administram planos médicos corporativos nos 112 países incluídos na pesquisa. Com base nas interações entre profissionais da Aon e clientes, os insights do relatório refletem as expectativas quanto às tendências dos custos de saúde nos âmbitos local, regional e global.

Leia o relatório completo clicando aqui.

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