Além de homenagem a ex-mentor, encontro com associados resultou na discussão de temas que preocupam os corretores de seguros, como o avanço das APVs.
O Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) realizou o penúltimo encontro do ano com seus associados no dia 7 de novembro, no restaurante do hotel Wyndham Garden São Paulo, na zona norte da capital. O almoço, somente com a presença de associados, foi marcado pelo debate de questões que preocupam os corretores de seguros e também pela homenagem ao ex-mentor Evaldir Barboza de Paula.
“Receber esta homenagem ao lado de amigos, no momento em que a pandemia já foi superada, podendo receber abraços, frente a frente, olho no olho é muito prazeroso”, disse o ex-mentor. Em seguida, o mentor do CCS-SP, Álvaro Fonseca, fez um balanço positivo das atividades do ano, como a realização de concorridos encontros com a participação das seguradoras Bradesco Vida e Previdência, Porto e Liberty, além dos debates em almoços fechados.
“Conseguimos trazer esclarecimentos sobre temas importantes, como o Open Insurance. Foram eventos maravilhosos. Agradeço o apoio dos diretores e colaboradores do Clube”, disse. Ele forneceu, ainda, uma prévia da agenda de eventos de 2024. “O ano que vem será melhor que este graças ao apoio de vocês”, disse.
O secretário do CCS-SP, Marco Cabral, destacou a representatividade dos corretores de seguros na ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência), que recentemente comemorou 30 anos de existência. Além de Cabral, também são acadêmicos da ANSP os associados Luiz Fernando M. Santana, João Carlos Rodrigues, Paulo Meinberg, Felippe Barretto, Adilson Neri Pereira e Hélio Opipari Junior.
O ex-mentor Adevaldo Calegari que preside, atualmente, a CamaraSin, divulgou os benefícios da mediação para a resolução de conflitos em seguros. “A CamaraSin é um instrumento do futuro, que pode resolver todos os tipos de demandas”, disse. Já o ex-mentor Evaldir Barboza comunicou a reativação da APTS (Associação Paulista dos Técnicos de Seguro), que estava paralisada por causa de documentação. “Em breve, a APTS, uma entidade com 40 anos e que muito contribuiu com o mercado, voltará à atividade”, disse.
Debates
O associado Paulo Roberto de Paula Assis citou a proliferação das associações de proteção veicular (APVs), que praticam concorrência desleal com os corretores de seguros do ramo automóvel, já que vendem proteção como se fosse seguro. “Devemos cobrar ações mais efetivas das nossas entidades representativas”, disse.
O 1º tesoureiro do Sincor-SP, Edson Fecher, que representou o presidente Boris Ber no almoço, contou que o sindicato, ao lado da Fenacor e da Susep, tem atuado no enfrentamento do problema. “As associações são legalmente constituídas, mas não a venda disfarçada de seguro”, disse. Felippe Barretto observou que as APVs ganharam espaço e se fortaleceram. “O desafio é legalizar a venda de seguros pelas APVs, mas de forma responsável, com constituição de reservas, como fazem as seguradoras”, disse.
O mentor Álvaro Fonseca elogiou o debate entre os associados. “O Clube existe para isso, para fomentar discussões em prol do desenvolvimento do mercado. Lembro que os corretores já sobreviveram à concorrência com os bancos e, mais recentemente, ao avanço dos canais digitais. Sobre as APVs, as entidades representativas estão atentas, mas ainda nos falta representatividade política. Cabe aos corretores atenderem bem aos seus clientes para que não sejam assediados por APVs”, disse.