CNseg: Setor segurador crescerá acima de 10% em 2025

Mercado alcançará participação equivalente de 6,4% do PIB até o final do próximo ano

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) estima um crescimento de 10,1% do setor segurador em 2025, levando em conta uma projeção de Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%. Os dados do setor foram divulgados durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 12, em São Paulo. Para 2024, a projeção de crescimento é de 11,6%, com a arrecadação estimada em R$ 747,3 bilhões, R$ 77,8 bilhões a mais do que o arrecadado em 2023. Os dados incluem todos os produtos de Seguros, Previdência Aberta, Capitalização e a Saúde Suplementar.

O maior destaque para a alta da arrecadação é o segmento de Cobertura de Pessoas, que tem avanço estimado de 15,6% em 2024 e 9,5% em 2025, respectivamente. A Saúde Suplementar também deve apresentar um crescimento significativo, de 10,9% em 2024 e 10,9% em 2025. Os produtos que integram Danos e Responsabilidades contribuirão para o aumento na arrecadação, com crescimento projetado de 7,1% até dezembro deste ano e 8,2% no decorrer de 2025. Já a Capitalização deve crescer 6,6% este ano e 5,5% no ano que vem.

A entidade também estima que o setor segurador terá uma participação de 6,4% no PIB nacional até o final do próximo ano, 0,1 p.p. a mais que o resultado estimado para este ano. Para 2025, há previsões otimistas para a Previdência Aberta, com uma estimativa de aumento de 9,6%, e para o Seguro de Pessoas, com 9,4%. Automóvel e Rural também seguem com taxas positivas de crescimento, de 4,3% e 6%, respectivamente.

Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, os valores pagos em indenizações mostram a importância e a magnitude do setor segurador para o país. “Em 2023 atingimos R$ 467 bilhões em indenizações. Em 2024, até setembro, o montante foi de R$ 376 bilhões, cerca de 8% de crescimento. São valores que representam quase 4% do PIB. Imagina o que seria da economia, que está crescendo 3,5%, se você tirasse esses 4%. Essa é a função do seguro, manter a roda da economia funcionando”, afirmou.

 

Projeção de Arrecadação

Projeção Atual

2024/2023

2025/2024

DANOS E RESPONSABILIDADES

7,1%

8,2%

Automóveis

2,1%

4,3%

Rural

0,5%

6,0%

COBERTURAS DE PESSOAS

15,6%

9,5%

Seguros de Pessoas

16,0%

9,4%

Previdência Aberta

15,4%

9,6%

CAPITALIZAÇÃO

6,6%

5,5%

MERCADO s/ SAÚDE

12,1%

8,8%

SAÚDE* (Arrecadação)

10,9%

10,9%

MERCADO

11,6%

10,1%

 

Mercado Segurador de janeiro a setembro de 2024

O mercado segurador brasileiro manteve um ritmo acelerado de expansão em 2024, reforçando seu papel como um dos pilares da economia. Dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelam que a demanda por seguros cresceu 13,0% nos primeiros nove meses do ano, movimentando mais de R$ 556,9 bilhões. Paralelamente, o setor reforçou sua função social ao desembolsar mais de R$ 376,7 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, registrando um aumento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados incluem valores referentes ao setor de Saúde Suplementar, que arrecadou mais de R$ 232,7 bilhões e pagou mais de R$ 195,0 bilhões no período.

O segmento de Coberturas de Pessoas, que engloba os Seguros de Pessoas e os planos de Previdência Aberta, foi o principal responsável pelo aumento das indenizações, com R$ 115,3 bilhões, uma alta de 4,0%. A Confederação também destaca o avanço nos pagamentos pelos seguros de Danos e Responsabilidades, que totalizaram R$ 46,6 bilhões, representando um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior.

Coberturas de Pessoas também lideraram o aumento da arrecadação, sendo responsáveis por mais de 47% do avanço do setor no período. Com arrecadação superior a R$ 200 bilhões, o segmento cresceu 17,8% em comparação a 2023. Os seguros de Danos e Responsabilidades também apresentaram crescimento, com alta de 6,6%, totalizando R$ 100,0 bilhões em prêmios. Já os títulos de Capitalização somaram R$ 23,5 bilhões em faturamento, registrando crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior.

Dyogo Oliveira apresenta dados durante coletiva de imprensa em São Paulo (SP). Foto: Divulgação/CNseg

Entre os ramos que melhor performaram nos nove meses de 2024, a entidade destaca o grupo Patrimonial, composto por produtos que visam proteger propriedades, equipamentos, obras, lucros, entre outros. Esse grupo registrou um aumento de 63,6% nas indenizações, impulsionado pelas históricas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. Os títulos de Capitalização, por sua vez, pagaram quase R$ 20 bilhões aos clientes em resgates e sorteios, alta de 10,7% no mesmo período.

Tragédia do Rio Grande do Sul

O volume total de pedidos de indenizações de seguros relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul totalizou cerca de R$ 6,1 bilhões. Em quantidade, as seguradoras registraram 57.638 avisos de sinistro desde o início de maio, com destaque para os seguros Residencial e Habitacional, que somaram 29.831 avisos, e o Automóvel, com 18.097.

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