Dia Internacional do Lixo Eletrônico: descarte sustentável é serviço oferecido por seguradoras para destinar corretamente itens quebrados ou sem uso

Muitos talvez não saibam, mas no dia 14 de outubro é celebrado o Dia Internacional do Lixo Eletrônico. A data nasceu em 2018 para chamar a atenção de problemas que têm crescido ano após ano: o consumo desenfreado e o descarte incorreto de aparelhos eletroeletrônicos quebrados ou em fim de vida útil.

Somente no Brasil, são produzidas 79 milhões de toneladas de lixo por ano e mais de 6,3 milhões de toneladas desse total é descartada de maneira inadequada, gerando impactos diretos e indiretos ao meio ambiente. Resíduos eletroeletrônicos, por exemplo, quando descartados de forma incorreta, liberam toxinas que podem contaminar o solo e os lençóis freáticos. Além disso, resíduos depositados nos oceanos e mares, como plásticos, trazem riscos aos animais e aves marinhas que se alimentam desses materiais.

Visando diminuir o impacto do descarte incorreto de materiais no meio ambiente e facilitar o dia a dia dos seus clientes, o mercado segurador oferece o Descarte Sustentável (ou Descarte Ecológico), cobertura que está, geralmente, atrelada ao Seguro Residencial. Segundo Carlos Wendell, diretor do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), o serviço tem como objetivo recolher bens danificados na casa de segurados e dar um destino socioambientalmente correto ao resíduo.

“Após a coleta, o material é avaliado, separado e é dado o encaminhamento adequado para o seu descarte ou reciclagem. Dentro da apólice, não há limite para a quantidade de itens que o segurado pode pedir o recolhimento”, explica o diretor do Sindsegnne. Os itens são recolhidos por empresas parceiras das seguradoras e especializadas no descarte de resíduos. Uma dessas empresas é a Ecoassist.

“Os principais produtos que coletamos por meio do Descarte Sustentável são móveis e eletrodomésticos em geral como sofás, guarda-roupas, colchões, geladeiras, computadores, lavadoras de roupas, fogões e micro-ondas”, explica Eber Souza, diretor geral da Ecoassist. Além de ajudar na preservação do meio ambiente, o Descarte Sustentável é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da economia circular, sistema que preza pelo uso consciente e sustentável de recursos naturais.

“Cerca de 95% de todos os produtos coletados não apresentam condições para reutilização. Então, por exemplo, itens de madeira como sofás que estão com cupins, mofos ou umidade, passam por um processo de trituração, depois por formação de blend, para então servirem como biocombustível através do coprocessamento. Essa é a forma desse material contaminado não parar em aterros sanitários e, de forma sustentável, servir como combustível gerando energia e sem consumir recursos da natureza”, completa o representante da Ecoassist.

Outros tipos de matéria-prima, como o plástico ou material ferroso, passam por um processo de industrialização e retornam ao mercado como matéria-prima. “Materiais com menor volume e sem escala de industrialização, retornam como subprodutos. Um exemplo são espumas que não estão contaminadas e podem retornar como parte de puffs e servirem de enchimento para colchões para a população em estado de vulnerabilidade social. Madeiras não comprometidas podem fazer parte de arte sustentável e fomentar renda local de artistas e artesãos”, finaliza Eber Souza.

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