Porto Velho, capital de Rondônia, registrou um acumulado de 54,5 mm de chuva na manhã da última quinta-feira (09/01), conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Somando os primeiros dias de 2025, o volume de chuvas chegou a 175 mm em uma única semana. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram ruas e avenidas inundadas, com diversos veículos presos em áreas alagadas.
Poliana Silva, delegada do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne) em Rondônia, esclarece que danos causados por alagamentos em veículos podem ser cobertos pelo Seguro Automotivo, desde que o contratante tenha escolhido uma cobertura específica. “Veículos afetados enquanto trafegam pelas ruas ou mesmo aqueles danificados dentro das garagens devido à elevação do nível da água podem ser indenizados, caso estejam cobertos por uma apólice compreensiva”, explicou.
O seguro compreensivo, também chamado de seguro total ou completo, abrange uma ampla gama de incidentes, como colisões, furtos, roubos, incêndios e danos causados por fenômenos naturais, como ventos fortes, enchentes, deslizamentos, granizo e raios. Poliana destacou que este tipo de cobertura já é bastante popular entre os segurados.
Além disso, a especialista reforça a importância de considerar seguros personalizados, especialmente em áreas propensas a enchentes. “Antes de contratar, é fundamental que o proprietário avalie os riscos relacionados às chuvas, principalmente se costuma trafegar ou residir em regiões com histórico de alagamentos”, afirmou.
Outra proteção relevante para o período chuvoso é a assistência 24 horas, que pode ser integrada ao Seguro Automotivo. “Esse serviço é essencial em emergências, cobrindo situações como pane mecânica ou elétrica devido a alagamentos. Nesse caso, o reboque transporta o veículo para um local seguro ou oficina”, explicou a delegada.
Poliana também destacou o papel dos corretores de seguros na orientação sobre apólices amplas, que vão além das coberturas básicas, como roubo e furto. “Procurar a orientação de um corretor é essencial para garantir a proteção completa do patrimônio”, aconselhou.
Por fim, a especialista alerta sobre a importância de evitar situações de risco. “Existem exceções nas coberturas para sinistros decorrentes de eventos naturais. Se o motorista optar por atravessar áreas alagadas, pode perder o direito à indenização, já que a perícia pode identificar que ele assumiu o risco voluntariamente”, finalizou Poliana.