Impactos da migração internacional e marco regulatório da securitização também são temas de reportagem do periódico
Publicação da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a Revista de Seguros chega à edição de nº 921 alertando, em matéria de capa, sobre as perspectivas da ‘desglobalização’. “O que se constata, até aqui, é que há um freio de arrumação a caminho da economia global, após a desorganização das cadeias de insumo provocada pela pandemia e, mais recentemente, por tensões geopolíticas, tendo a invasão da Ucrânia pela Rússia como um caso emblemático. Muitos setores acenam, sim, com uma rede de fornecedores locais ou regionais para escapar da enorme dependência de insumos fabricados em países asiáticos, notadamente na China. Porém, o Brasil pode se beneficiar do quadro de reorganização das cadeias globais, em razão da sua proximidade com os mercados americano e da União Europeia”, avalia o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, em editorial.
Outro destaque é a matéria sobre migração internacional, chamando a atenção que 3,6% da população mundial – 281 milhões de pessoas – estão fora do país de nascimento, um percentual três vezes superior ao registrado em 1970. A tendência deve se intensificar nas próximas décadas com o envelhecimento da população mundial e gargalos de profissionais nas economias sem políticas de atração de estrangeiros. “Todos precisam ter este tema no radar, principalmente gestores públicos e privados, tendo em vista que será um fator limitante da produtividade”, analisa o presidente da CNseg.
Em pauta na publicação, as novas tecnologias, a exemplo do metaverso, criam um novo mercado de bens imateriais e estimula o uso das criptomoedas. “Trata-se de uma tecnologia com grande potencial de aproveitamento no setor de seguros, ao lado de outras, como o big data ou a Inteligência Artificial”, explica Oliveira.
A Revista de Seguros também publica matéria sobre a aprovação no Congresso do Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 15/22 – originário da Medida Provisória (MP) nº 1.103/22 — que estabelece o marco regulatório das companhias securitizadoras e cria a Letra de Risco de Seguro (LRS), um título de crédito transferível e de livre negociação. “A securitização assegura novas fontes de diversificação dos financiamentos, ampliando a participação nos negócios de grandes riscos pelas seguradoras e resseguradoras”, avalia o presidente da CNseg no edital.
A publicação também traz entrevista com a economista Zeina Latif, autora do livro “Nós do Brasil – Nossa herança e nossas escolhas”, lançado pela Editora Record e as matérias sobre a fabricação de carros elétricos e o comportamento das commodities no mercado global.
Com periodicidade trimestral, a Revista de Seguros, publicação de economia mais antiga do País, é disponibilizada gratuitamente, em versão digital, no portal da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).