ANS relembra ações para incentivar a troca de experiências exitosas no contexto da Promoção e Prevenção e da Atenção Primária à Saúde
Com o tema pautado na construção de um mundo mais justo e saudável, a campanha pelo Dia Mundial da Saúde (07/04), criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a importância da equidade nos serviços de saúde, reconhecendo as necessidades de grupos específicos, atuando para reduzir o impacto das diferenças diante do cenário causado pela Covid-19. De acordo com a OMS, a pandemia da Covid-19 evidenciou as desigualdades e ressaltou que as pessoas que possuem uma vida mais saudável são aquelas que conseguem acessar com mais facilidade os serviços de saúde, além de diversos fatores vinculados como renda, condições de moradia, educação, idade, gênero e segurança alimentar. De acordo com a entidade, tal situação não é somente injusta, mas passível de prevenção.
Neste contexto, a Atenção Primária à Saúde – APS deve ser vista como relevante base para enfrentamento de situações emergenciais como epidemias e também a pandemia de COVID-19. Os fundamentos da atenção primária como a melhoria no acesso aos serviços de saúde, o vínculo entre o usuário e a equipe de saúde, a integralidade da assistência, o monitoramento das famílias e o acompanhamento aos casos suspeitos e leves, são essenciais para conter pandemia e diminuir a possibilidade de agravamento da doença em diversas pessoas. Além disso, a APS também pode abordar problemas resultantes do isolamento social e da precarização da vida social e econômica, como impactos na saúde mental, aumento da violência doméstica, alcoolismo e intensificação ou desenvolvimento de doenças crônicas, com consequências pouco previsíveis, que necessitarão de cuidados integrados longitudinais.
As discussões e evidências da necessidade de se entender a qualidade em saúde como um conceito multidimensional voltado para o cuidado integral com o paciente e de como a pandemia ressaltou deficiências do sistema de saúde no Brasil foram tema da reunião virtual APS em tempos de Covid-19, realizada pela ANS e seus parceiros no Projeto Cuidado Integral à Saúde – Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Institute for Healthcare Improvement (IHI) e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. No encontro, foi enfatizado que a APS é a forma mais eficiente e equitativa de organização da atenção à saúde e que deve, portanto, ser preferencialmente disponibilizada pelas operadoras de planos de saúde aos beneficiários da saúde suplementar.
Importante citar que a ANS vem desenvolvendo O Projeto Cuidado Integral à Saúde que faz parte do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde e representa uma fase preparatória para a solicitação, pelas operadoras de planos de saúde, da certificação em Atenção Primária à Saúde (APS). Maiores informações sobre o Programa de Certificação e o Projeto podem ser obtidas no portal da ANS no ícone Gestão em Saúde.
Ainda nessa conjuntura, o debate para o reconhecimento de ideias, conquistas e dificuldades, o incentivo à construção compartilhada de novas visões e o estímulo de novas práticas, destacando o crescimento da telemedicina, que promete se tornar uma nova prática de saúde com novos conteúdos educacionais são temas que a OMS também está fomentando para comemorar o Dia Mundial da Saúde.
Ainda na concepção de uma saúde integral e coordenada, destacam-se ideias, conquistas e dificuldades, o incentivo à construção compartilhada de novas visões e o estímulo de novas práticas, destacando o crescimento da telemedicina, que promete se tornar uma nova prática de saúde com novos conteúdos educacionais são temas que a OMS também está fomentando para comemorar o Dia Mundial da Saúde.
Ademais, a partir de uma visão estratégica e de gestão do cuidado, a ANS já vem desenvolvendo diversas ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev) voltadas para as novas práticas centradas no beneficiário, a partir do contexto da pandemia, como: o incentivo à utilização da telemedicina no acompanhamento das condições de saúde dos usuários; a importância da continuidade dos programas de Promoprev para evitar o agravamento das condições de saúde; e a ênfase na atenção à saúde mental, que passou a ser um tema transversal na gestão de saúde pelo setor. A Saúde Mental foi tema do I Simpósio Virtual ANS (veja aqui), evento que focou na troca de experiências de operadoras, contratantes e Academia sobre o impacto da pandemia na saúde mental da população e a importância do desenvolvimento de ações e estratégias de organização do cuidado em saúde mental na saúde suplementar.
A ANS vem promovendo, ainda, uma série de encontros virtuais com o objetivo de compartilhar experiências exitosas, de operadoras de planos de saúde que possuem programas Promoprev aprovados pela ANS, no âmbito da coordenação do cuidado e gestão de pacientes crônicos durante a pandemia de Covid-19, para que sirvam como exemplos positivos e alinhados a um modelo de atenção que gere melhores resultados para o paciente, agregando valor ao sistema de saúde suplementar. Relembre aqui.
Ainda articulando o amplo debate sobre as tendências de promoção e prevenção integrada à saúde ocupacional a ANS, em parceira com o Serviço Social da Indústria (SESI), realizou dois encontros entre representantes empresariais e de operadoras de planos de saúde, onde foram discutidas as possíveis tendências para o futuro como a permanência e ampliação da telemedicina e do home office e a implementação de ferramentas de tecnologia da informação (Analytics, big data e Inteligência Artificial) para análises preditivas e geração de subsídios para a construção de jornada de cuidado e promoção da saúde na gestão de saúde corporativa. Saiba mais.
A ANS tem como missão promover a defesa do interesse público na assistência suplementar e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. No contexto da pandemia, a atuação do órgão regulador buscando o equilíbrio das ações para o enfrentamento da Covid-19 tornou-se um enorme desafio. E diante deste cenário, iniciativas da ANS e de vários atores do setor robustecem a união de forças, a readequação de estratégias e a importância de gerar providências e novas práticas, que expressam-se como eixos para refrear a pandemia e construir um novo futuro.
Fonte: ANS