IA da Sami poupa 900 horas dos coordenadores de cuidado em saúde mensalmente

A healthtech está utilizando IA e tecnologia para dar vazão e agilidade para as operações do Time de Saúde

O setor de saúde ainda enfrenta desafios, especialmente em tarefas administrativas de baixo valor agregado. A Sami, revolução dos planos de saúde, em parceria com o Google, está utilizando inteligência artificial (IA) para transformar o atendimento médico e otimizar o trabalho dos profissionais dessa área. Uma das aplicações efetivas foi o desenvolvimento de um assistente virtual inteligente para compartilhar  informações sobre o histórico do paciente e ajudar os profissionais de saúde a seguir protocolos médicos, tornando o atendimento mais rápido e eficaz.

Dentro do assistente virtual, uma das funcionalidades que já está implementada é a sumarização automatizada dos atendimentos no chat, eliminando a necessidade de resumos manuais e poupando 900 horas mensais dos coordenadores de cuidado. A taxa de aprovação desses resumos automáticos é de 81%, sem necessidade de edições. Como um incremento da solução anterior, o chat, que antes resumia apenas textos, agora é possível também resumir áudios e classificar automaticamente a interação com etiquetas predefinidas, melhorando a qualidade dos dados e a eficiência da equipe. Com isso, a Sami espera aumentar em 50% o número de pessoas atendidas pelos coordenadores diariamente e redução potencial de 30% nos encaminhamentos médicos.

“Cada vez mais, os assistentes farão interface com sistemas de registros eletrônicos de saúde e serão usados para marcar e agendar consultas, auxiliando na triagem e processos burocráticos que tomam tempo dos profissionais. Os pacientes também podem ser amparados, com respostas a perguntas sobre cuidados e informações necessárias para tomadas de decisão”, diz Guilherme Berardo, cofundador e CEO da healthtech.

O cenário da IA na saúde

A digitalização da saúde está crescendo rapidamente. No Brasil, existem mais de 1000 healthtechs em operação, e já existem casos de uso nos quais a IA ajudou a melhorar o cuidado com pacientes, agilizar operações e fornecer diagnósticos mais concisos. Uma pesquisa da consultoria Accenture, por exemplo, apontou que 61% dos profissionais de saúde brasileiros utilizam ferramentas de TI para observar pacientes e otimizar o tempo da consulta. “A Sami exemplifica essa transformação, com 95% dos nossos atendimentos sendo realizados de forma digital, a telemedicina e o monitoramento remoto de pacientes se tornam mais avançados graças à IA,”, afirma Berardo.

Na mesma direção, uma pesquisa da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) com 45 hospitais revelou que 55,1% dos entrevistados afirmaram ter investido nos últimos dois anos em soluções com a IA como base para a entrega de valor na resolução de problemas. Além disso, 62,5% dos hospitais declararam que já utilizam a tecnologia de alguma forma em seus processos.

E a tecnologia não está favorecendo apenas o dia a dia dos médicos e profissionais da saúde. Na parte administrativa,  a oferta de planos de tratamento mais precisos e personalizados, com base em dados genéticos, estilo de vida e histórico médico, aumentará. Isto levará a cuidados de saúde mais eficazes e personalizados para os pacientes. Para isso acontecer, também será necessário que as pessoas tenham profissionais que as conheçam muito bem e tenham acesso aos seus dados de saúde, para criar planos terapêuticos personalizados.

“Nossa parceria com o Google visa potencializar o trabalho dos profissionais de saúde e melhorar a jornada dos pacientes com utilização de IA, otimizando os processos e enriquecendo os detalhes dos resumos médicos, permitindo diagnósticos mais precisos e um atendimento mais personalizado”, finaliza.

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