O projeto ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ busca soluções para promover acesso mais eficaz à saúde por meio da colaboração entre instituições privadas e públicas, conectando tecnologias para predição, tratamento e diagnóstico precoce
Durante a HospitalMed, realizada em Recife (PE) no último dia 25 de outubro, foi oficialmente lançado o ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ com o propósito de apoiar a transformação da eficiência e qualidade dos serviços na área da saúde no Brasil. Essa é uma iniciativa pioneira que propõe estruturar o acesso a tecnologias e inovações que impactam diretamente na população. Idealizado por Lísia Buarque, Co Fundadora da WAC Global Tech e Diretora da ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde e Healthtechs), o projeto tem como foco principal oferecer ações para a avaliação das condições de saúde da população de forma preditiva, uma maneira eficiente e rápida de mapeamento de doenças atuais e futuras. Marcado pela assinatura de um compromisso inovador, o Pacto já conta com o apoio de parceiros estratégicos como Rodrigo da Fonte, Presidente da Hospitalmed; Katia Antunes, Diretora da HospitalMed; Shirley Cruz, Chefe de TI e Saúde Digital do Hospital das Clínicas UFPE e Marcelo Barbosa, CEO da StarHealth Innovation. As primeiras assinaturas aconteceram em Recife. Em breve, o Pacto também será assinado por outros parceiros no Rio de Janeiro, no Rio Health Fórum e em Porto Alegre, na Health Meeting Brasil.
“Esse pacto busca fomentar inovação com pesquisa e desenvolvimento de novas patentes para tratamentos mais personalizados e eficientes. Além disso, prevê políticas para garantir acesso equitativo às tecnologias e capacitação de profissionais de saúde, promovendo uma assistência mais acessível, sustentável e eficaz”, destaca Rodrigo da Fonte.
De acordo com a OMS, mais de 40% da população diabética não possui diagnóstico adequado. Atualmente, existe uma pandemia silenciosa crescente de pessoas que estão ficando doentes a partir dos 35 anos, um cenário real em que mais da metade dos brasileiros acima dos 40 anos já possuem Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), consequência: essas doenças tornaram-se as principais causas de mortalidade precoce. Olhando para essa realidade o Pacto foi criado como um apoio e iniciativa para mudar o cenário acima, atuando de forma preditiva, em grande escala, de forma rápida, eficaz, com alta tecnologia e baixo custo.
Esse novo programa busca apoiar nos desafios críticos do sistema de saúde em todo o país, oferecendo um modelo mais sustentável e eficiente para a prevenção e tratamentos precoces. O acesso será ampliado a diagnósticos precoces e utilização de tecnologias preditivas.
O esforço de unir as iniciativas públicas e privadas, somado à capacidade de transformação que a tecnologia pode proporcionar, tem como objetivo ampliar o acesso a intervenções precoces, reduzindo desigualdades no acesso à saúde, otimizando o uso dos recursos disponíveis para aliviar o sistema nacional. Já que os ecossistemas de tecnologia modernos permitem inovações rápidas e relevantes para o setor.
“Neste momento, é necessário identificar as pessoas que já estão com alguma DCNT e ainda, sequer, tem esse conhecimento – ou seja, existe uma boa parte da população que deveria estar em tratamento, para não agravar o seu quadro e não estão, por total falta de informação de sua saúde”, esclarece Lísia. Portanto, é necessário facilitar o acesso ao rastreio precoce de DCNTs para que as pessoas consigam identificar enfermidades de forma rápida, fácil e segura. Ao fortalecer a união entre tecnologia, saúde e assistência, o ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ se compromete com um futuro mais sustentável, acessível e inovador para todos os brasileiros.
Segundo Lisia, o Pacto é um compromisso nacional e coletivo com o futuro da saúde brasileira, em que cada organização envolvida assume uma responsabilidade compartilhada no fortalecimento do sistema.
A ABSS, uma das parceiras e apoiadoras do Pacto tem papel fundamental na propagação da iniciativa pelo país. “Sem dúvidas é uma iniciativa que irá gerar grande impacto positivo para a saúde em todo o país. A ABSS não poderia ficar de fora da assinatura do Pacto. É primordial o investimento em medidas preditivas, com o apoio de instituições e associações privadas e públicas”, ressalta Bruno Borghi, Presidente da ABSS.
A iniciativa também pretende maximizar o impacto social, atuando diretamente na conscientização e educação sobre doenças crônicas silenciosas, longevidade e prevenção, sempre se adaptando à cultura local e promovendo também hábitos saudáveis em cada região.