Crise no Poder Judiciário – como as seguradoras podem reduzir processos e custos operacionais

O processo judicial é, sem dúvida, o meio mais utilizado pelos brasileiros para resolver disputas. Contudo, esse comportamento tem comprometido a eficiência da máquina judiciária, que sofre com o alto índice de judicialização, conforme revelado todos os anos pelo relatório “Justiça em Números”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para ilustrar o cenário, o Brasil acumula mais de 85 milhões de processos em tramitação, sobrecarregando um sistema que já está à beira do colapso.

Esse uso exagerado do sistema judiciário também tem reflexos nas empresas de diversos setores, com as companhias de seguros não é diferente. Quando um segurado busca resolver uma controvérsia, muitas vezes ele opta pelo caminho da judicialização, o que resulta em uma demora considerável para a solução do conflito, insatisfação e, em casos mais graves, no cancelamento do serviço prestado pela seguradora.

Mírian Queiroz

Diante desse cenário, a mediação extrajudicial onlineN surge como um instrumento capaz de atender as necessidades de todos os envolvidos, promovendo um ambiente de resolução de conflitos mais célere, eficiente e com segurança jurídica. A mediação é uma excelente estratégia para as companhias de seguros, pois contribui para melhorar a experiência do usuário, otimiza o trabalho do corpo jurídico, preserva a imagem da seguradora, além de gerar economia de recursos e tempo.

Para o segurado, a mediação oferece celeridade na resolução do conflito, reduz o desgaste emocional e ainda permite que ele participe ativamente da solução do problema. Já os advogados, que também se beneficiam dessa abordagem, podem ver seus honorários pagos de forma mais rápida, ampliar o número de casos atendidos e mostrar que estão acompanhando a evolução do mercado do Direito. Como observa a advogada, mediadora e diretora da MediarSeg, Mírian Queiroz, “Sempre me lembro da frase do ministro Luís Roberto Barroso, de que o advogado do futuro não é o que propõe uma boa demanda, é aquele que a evita. Essa colocação do ministro expressa a mudança de mentalidade necessária no setor jurídico”, reflete a mediadora.

O setor de seguros é um dos mais importantes no Brasil, marcado por sua robustez e pelo uso contínuo de tecnologia e inovação. Por esse motivo, deveria estar à frente dessa mudança no setor jurídico brasileiro, adotando a mediação como uma ferramenta de resolução de disputas. “As seguradoras que investiram na mediação têm conquistado resultados significativos, incluindo prêmios nacionais e internacionais, fidelização de clientes e redução dos custos operacionais. Advogados e segurados nos relatam a experiência positiva que tiveram ao utilizar a mediação extrajudicial online como forma de resolução”, revela a diretora da MediarSeg.

A mudança de paradigma para a mediação não só traz benefícios para as companhias de seguros, também contribui para a evolução do mercado de seguros. “A implementação dessa prática é uma forma de inovar e atender a um mercado cada vez mais exigente e digital. As seguradoras que adotaram a mediação como uma estratégia estão colhendo frutos positivos, tanto em termos de resultados financeiros quanto de satisfação dos clientes, o que se traduz em maior competitividade no mercado”, conclui a diretora.

À medida que o mercado continua a se modernizar e buscar soluções mais eficientes para os desafios jurídicos e empresariais, a mediação se posiciona como uma ferramenta indispensável para melhorar a experiência do consumidor e otimizar os processos do setor de seguros.

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