Gestão de riscos em sistemas de armazenamento de energia em bateria (BESS): desafios e soluções para o mercado brasileiro

A adoção de estratégias como monitoramento contínuo, manutenção preventiva e análise detalhada de viabilidade econômica auxiliam na redução de riscos e na maximização do retorno sobre investimento

Os Sistemas de Armazenamento de Energia em Bateria (BESS) estão ganhando destaque no Brasil como solução para os desafios impostos pela intermitência das fontes renováveis, como solar e eólica. Esses sistemas permitem o armazenamento de energia excedente, garantindo fornecimento estável e contribuindo para a estabilidade da rede elétrica. No entanto, a implementação de BESS no país enfrenta desafios específicos que exigem uma gestão de riscos eficaz para evitar perdas financeiras e operacionais significativas.

Sistemas projetados para armazenar energia em baterias para uso posterior, o que ajuda a equilibrar a oferta e a demanda de energia, além de estabilizar a rede elétrica, os BESS, contudo, estão sujeitos a uma série de riscos. É nesse contexto que a Howden Brasil, corretora especializada em seguros de alta complexidade desempenha um papel fundamental. A empresa oferece soluções personalizadas para mitigar tais riscos associados aos projetos de BESS, proporcionando consultoria especializada para clientes, investidores e parceiros. Com um olhar atento às particularidades de cada projeto, a Howden visa garantir que os sistemas de armazenamento de energia estejam devidamente protegidos contra riscos imprevistos.

Severin Hegelbach, executivo da Howden, possui vasta experiência no setor de energia e é reconhecido por sua atuação na área de gestão de riscos. Sua visão sobre os desafios enfrentados pelos projetos de BESS no Brasil destaca a necessidade de uma abordagem integrada que considere as especificidades locais, como as limitações da infraestrutura de transmissão e as políticas regulatórias.

“A adoção de Sistemas de Armazenamento de Energia em Bateria no Brasil representa uma oportunidade para aprimorar a eficiência e a estabilidade do setor energético. No entanto, é fundamental que investidores e operadores estejam atentos aos riscos específicos do mercado brasileiro.”

Em relação aos aspectos técnicos, é fundamental escolher a tecnologia adequada e o fornecedor Original Equipment Manufacturer (OEM), juntamente com um design e layout seguro da planta como um todo, respeitando as normas de segurança da indústria e os padrões especificados pelo OEM, crucial para definir as garantias (dos ativos e de performance), peças de reposição, níveis de serviço, tempos e procedimentos padrão de resposta em caso de incidentes, assim como uma gestão preventiva de riscos adequada, visando garantir uma operação eficiente e sem contratempos.

A gestão eficaz desses riscos é vital para garantir que o sistema de BESS funcione corretamente e de forma segura. A adoção de uma abordagem preventiva, com monitoramento contínuo e gestão prudente e preventiva de riscos, ajuda a minimizar falhas catastróficas e a reduzir custos a longo prazo. Além disso, a análise constante dos riscos permite antecipar problemas, evitando perdas financeiras consideráveis.

No Brasil, a integração de energias renováveis à matriz energética tem sido promovida por meio de incentivos e políticas públicas. Entretanto, a infraestrutura de transmissão de energia nem sempre acompanha o ritmo de expansão dessas fontes. A limitação da capacidade da rede elétrica nacional tem levado o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a implementar políticas de “curtailment”, limitando a quantidade de energia gerada por usinas eólicas e solares que pode ser injetada na rede. Essas restrições resultam em perdas financeiras significativas para os produtores de energia renovável, estimativas indicam que o setor eólico perdeu cerca de R$ 700 milhões nos últimos meses devido a essas limitações.

O executivo finaliza explicando que para novos projetos, incentivam seus clientes a envolverem a Howden o quanto antes, até antes da assinatura dos contratos. “Podemos aconselhar sobre a segurabilidade, incluindo o feedback do mercado de seguros sobre a tecnologia escolhida, o espaçamento, distribuição e design, bem como as melhores práticas para requisitos contratuais, permitindo assim a aceitação do mercado de seguros a um preço favorável, tornando o projeto viável e aumentando a rentabilidade a longo prazo”, comenta Severin Hegelbach, diretor executivo da divisão de Energias Renováveis da Howden.

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