Mesmo pequenos empreendedores devem apostar em organizar sua forma de controlar os gastos, lucros, investimentos e priorizar o uso da conta de banco jurídica
O empreendedorismo vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Dados do Ministério da Economia apontam que há no país mais de 20 milhões de empresas ativas. Sendo, deste total, sete em cada dez empresas referentes a Microempreendedores Individuais (MEIs), um aumento que, segundo especialistas, demonstra que apesar do enfrentamento de uma realidade econômica desfavorável, os brasileiros seguiram empreendendo e investindo no próprio negócio.
Com este cenário também cresceu o entendimento de que há uma necessidade de priorizar a melhora do gerenciamento da empresa, focando na gestão do controle financeiro, ficando atento aos principais obstáculos, desafios e erros nas atividades financeiras, entender melhor as estratégias de descontos e negociações para não sair no prejuízo e, principalmente, saber separar os seus ganhos pessoais dos lucros da empresa, aprendendo a gerir e como abrir conta digital de Pessoa Jurídica (PJ).
É o que explica Igor Senra, CEO da Cora, banco digital focado exclusivamente em pequenas e médias empresas: “Recentemente realizamos uma pesquisa que revelou que quatro em dez pequenos e médios empreendedores usam contas de pessoa física para atividades da pessoa jurídica. Isso prejudica o controle do financeiro da empresa, sem que haja ganho real de eficiência. Em geral, o empreendedor ainda acredita que a gestão financeira de uma empresa custa caro, o que não é uma realidade para os clientes da Cora. Somos um banco digital pensado para o empreendedor. A abertura da conta é gratuita e dura menos de 30 minutos, sem burocracias, e já permite o acesso a diversas ferramentas de gestão e controle, que são úteis às PME’s”.
No setor de seguros, por exemplo, apesar do aumento de abertura de CNPJ’s pelas corretoras independentes, há ainda uma grande porcentagem de corretoras que utilizam sua própria conta de Pessoa Física (PF) para gerenciar as finanças da empresa. Segundo André Duarte, sócio fundador da Rede Lojacorr, maior rede de corretoras independentes do Brasil, a divisão de contas (PF e PJ) é primordial para certificar um bom fluxo de caixa da corretora. “Garante planejamento e previsibilidade, além de permitir uma melhor preparação para enfrentar o dia a dia financeiro da corretora e para controlar o recurso e não ser controlado por ele”, explica.
Além da necessidade de abertura de conta PJ, André ressalta ainda a necessidade do corretor fazer um controle do seu negócio. “Deve preparar a mente e o comportamento para as oscilações do mercado e da economia. Independentemente do tamanho do seu negócio, o que importa é a forma como o empreendedor se prepara para gerir a empresa. Deve pensar grande, agir como grande e começar a se espelhar nas formas como as maiores empresas do setor agem na área financeira”, defende.