Especialistas avaliaram evolução do segmento em evento promovido pela corretora e consultoria Willis Towers Watson
O setor de seguros passa por uma grande transformação na forma de conduzir os negócios e os recursos relacionados à análise de dados estão no centro disso. Na última sexta-feira, 30 de abril, a corretora e consultoria Willis Towers Watson reuniu especialistas do setor para debater sobre a importância da informação para previsibilidade no seguro de vida em grupo, novidades e evolução do mercado, promoção do bem-estar e monitoramento de saúde.
O evento “A transformação do seguro de vida em grupo: dados e informações para prever cenários em um novo normal” contou com a participação de Reinaldo Lovetro, diretor de Vida e Produtos da Willis Towers Watson, e dos convidados Paula Bernardoni, diretora de distribuição e planejamento da Prudential do Brasil, e Bernardo Castello, diretor da Bradesco Vida e Previdência.
Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) apontam crescimentos consistentes no segmento de seguro de vida. Segundo a instituição, em 2020 houve uma alta de 26% na contratação de apólices de seguro de vida, em comparação com o ano de 2019. No primeiro bimestre de 2021, o ritmo de crescimento se manteve com avanço de 24,9%.
Para Lovetro, essa tendência de crescimento, apesar de também ser reflexo da pandemia do coronavírus, demonstra que o brasileiro está mais preocupado em se proteger e garantir patrimônio para si e para as próximas gerações. Além disso, o uso de tecnologia tem sido indispensável para a evolução do segmento Vida, principalmente quando se trata de observação de indicadores. “A análise de dados está ficando cada vez mais aprofundada no mercado de seguros e isso permite uma maior previsibilidade do segmento, além de proporcionar reflexos e sugestões de ações que as empresas podem implantar”, explica.
Um bom exemplo para o uso de dados está na possibilidade de interação com os planos de saúde que possuem informações que podem ser valiosas e servir de subsídio para as estratégias de seguro de vida. “Por exemplo, um paciente crônico que morre, nós procuramos avaliar o histórico dele do plano de saúde para entender se houve um acompanhamento e o que pode ter causado o sinistro”, afirma Lovetro.
Os especialistas avaliam também que uma maior personalização dos planos, proliferação de seguros e serviços para utilização em vida, e o foco no bem-estar serão as maiores tendências para o segmento nos próximos anos. Ao promover uma melhor qualidade de vida, as empresas vão observar no futuro um menor nível de casos de afastamento no trabalho, de síndrome de burnout, e consequentemente ganhar em produtividade.