Impulsionada pelo home office, adesão ao produto alavancou nos primeiros seis meses de 2021; tendência deve seguir com trabalho híbrido e proximidade das férias
A necessidade de isolamento social e a adoção do home office provocaram uma mudança no comportamento de quem vive nos grandes centros. Desde o início da pandemia, muitas pessoas migraram para cidades litorâneas ou do interior, especialmente em busca de uma melhor qualidade de vida. A Allianz, uma das principais companhias que atuam com seguro residencial no Brasil, já sente os reflexos do novo cenário.
Um levantamento realizado pela seguradora aponta que a quantidade de novos seguros para casas de veraneio fechados no 1º semestre de 2021 aumentou 78,5% em comparação com o mesmo período de 2020. Os crescimentos mais representativos foram observados nos estados do Rio de Janeiro (198%), Ceará (100%), Santa Catarina (83%) e Paraná (82%).
Do total de apólices contratadas para esses tipos de imóveis nos primeiros seis meses deste ano, 51,2% correspondem a novas aquisições. Outro dado que o estudo traz é que a maior taxa de contratação da modalidade de seguro para residências de veraneio se deu para casas, que registraram 71% das adesões, enquanto a taxa para os apartamentos ficou em 29%.
“Sem a necessidade de se deslocar até o escritório todos os dias, as pessoas puderam atravessar esse momento da forma que mais as agradavam e, também, ganharam flexibilidade para realizar suas atividades de vários locais, incluindo suas casas e apartamentos de campo ou praia. Essa é uma tendência que irá permanecer no pós-pandemia, pois boa parte das empresas deve adotar o sistema híbrido de trabalho”, avalia David Beatham, diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida da Allianz Seguros. “Além disso, o final do ano marca o período das férias escolares, incentivando ainda mais a migração das pessoas para a praia ou campo”, lembra.
Superintendente de Massificados da Allianz, Ana Freitas afirma que, ao permanecerem a maior parte do tempo dentro de casa, as pessoas passaram a olhar com mais cautela para o próprio lar. “A pandemia reforçou a importância de protegermos os nossos bens de um modo geral”, ressalta a executiva. “Para atender aos nossos segurados neste momento, flexibilizamos e liberamos a cobertura para eletrônicos, como notebooks, também para as casas de veraneio. Aumentamos, ainda, as nossas ofertas com o lançamento do Residência Compacto, a partir de R$ 79,90, disponível para todos os tipos de propriedades, ocupadas ou não, incluindo casas de veraneio ou aluguel para temporada”, pontua.
No período analisado, o pacote de seguro residencial que mais cresceu em contratações em relação ao 1º semestre de 2020 foi o “Especial”, com 35% de aumento – segunda opção mais ampla oferecida pela companhia, que concede cobertura contra danos elétricos; vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo; quebra de vidros, mármore e granitos; impacto de veículos; perda de pagamento de aluguel; danos por água; tumultos, greves e lockouts; despesas extraordinárias; roubo/furto qualificado de bens localizados dentro ou fora da residência segurada. “Isso reflete que a relação das pessoas com o imóvel de veraneio mudou”, conclui Beatham.