A importância de poupar o 13º

O 13º salário é um alívio no orçamento doméstico e, por isso, é o mais aguardado dos pagamentos. Direito dos empregados com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores, o benefício deve ser pago pelo empregador em duas parcelas: a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro; e a segunda até 20 de dezembro. A mediadora da última live do ano do Instituto de Longevidade da MAG, Janaina Gimael, jornalista especializada em educação financeira e parceira da companhia, realizou um bate-papo com dois membros da Associação de Profissionais Orientadores e Educadores em Finanças (APOEF), Gilmara Gonzales, representante latino-americana, e Eduardo Oliveira, representante no Pará. Na conversa, foram abordados os principais temas e dúvidas referentes ao último salário pago.

O final do ano é uma época de muito estímulo para gastos, o que acaba levando ao consumo impulsivo e despesas desnecessárias. Muitas vezes, o recebedor do 13º acaba não priorizando suas dívidas ou o planejamento para uma reserva de emergência, que deveriam ser suas preferências. O consumo consciente é uma atitude que deveria ser sempre considerada e cultural, já que facilita as práticas do dia a dia e a qualidade de vida, porque do jeito certo é possível incentivar o planejamento, a pesquisa de compra, o consumo indispensável e o compartilhamento de ideias que visam melhorar a qualidade dos gastos.

É importante priorizar o pagamento das dívidas em atraso e com juros maiores. Por exemplo, entrar no rotativo do cartão de crédito e usar o cheque especial como complemento da renda pode complicar a vida financeira de muitas pessoas. E pior do que isso: a preocupação com finanças acaba por vezes tirando a paz e prejudicando a qualidade de vida das pessoas. Por isso, é tão importante optar por quitar dívidas e construir uma reserva de emergência, que serve principalmente para tranquilizar e evitar problemas maiores, caso seja necessário o seu uso.

“É interessante também antecipar o pagamento de parcelamentos que representarem vantagem financeira, como a redução de juros. As demais contas previstas no orçamento devem ser mantidas no planejamento mensal. Assim, é possível investir o que sobrar de forma mais estratégica”, sugere Eduardo.

Gilmara deu destaque no fato de que a maioria das pessoas aproveitam o salário a mais para fazer a festa — literalmente. Afinal, dezembro significa ceia de Natal, troca de presentes e uma série de gastos que costumam pesar no orçamento. É inevitável o gasto em presentes, tanto para os outros como para si mesmo, e, por isso, é importante fugir das dívidas do final do ano. A maior dica dada pela convidada do bate-papo “é saber separar o dinheiro, o que deve ser para suas dívidas, para pagamentos futuros e para as festas: para isso, é fundamental o pagamento à vista nessas horas. Recorra ao 13º, se for o caso, mas não jogue prestações para o ano que vem. Seu saldo bancário agradece”, disse.

A representante latino-americana também citou a relevância de saber priorizar a si mesmo nas datas de final de ano. “Não faça nada para agradar os outros se isso for te prejudicar financeiramente”, completa Gonzales. A live está disponível no canal do YouTube do Instituto de Longevidade MAG e pode ser conferido na íntegra por meio deste link.

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