Empresa aposta que o grande diferencial do compartilhamento de dados é a inteligência que essas informações trazem aos diferentes mercados
O open finance ganha cada vez mais força em todo o mundo. Segundo o Global Open Finance Index, relatório da Open Banking Excellence (OBE) em parceria com a Universidade de Oxford, o Brasil deve, em um futuro próximo, ser líder mundial quando o assunto for sistema financeiro aberto, superando, inclusive, o Reino Unido, pioneiro nesse mercado.
Partindo dessa premissa, a Neoway, empresa da B3, a bolsa do Brasil, e líder de Data Analytics e Inteligência Artificial da América Latina, por meio de sua plataforma, está investindo nesse segmento. Utilizando a portabilidade e compartilhamento de informações, a plataforma agrega inteligência para a análise desses dados, favorecendo a criação de negócios, novas ofertas, além de trazer mais transparência e controle para as relações.
“Ao mesmo tempo que consegue contribuir com o enriquecimento de dados, a Neoway oferece às empresas toda uma estrutura tecnológica e de gestão extremamente segura e confiável, seja por meio da plataforma ou de API’s. Isso agrega valor aos dados coletados, gerando novas oportunidades de negócios, modelos de créditos, favorecendo as validações digitais, mitigando os riscos de fraudes, tanto no onboarding quanto nas transações”, comenta Guilherme Mendonça, VP de parcerias estratégicas da Neoway.
O open finance traz inúmeros benefícios ao mercado. Entretanto, as organizações precisam analisar diversos aspectos para que façam o melhor uso possível da tecnologia. Investimento em infraestrutura, ferramentas, equipe de cientistas de dados e analytics são alguns exemplos. Além disso, há dois grandes desafios inerentes à sua adesão. O primeiro é fomentar a implementação da tecnologia nas próprias companhias e, ao mesmo tempo, convencer as pessoas a darem o opt-in, fornecendo seus dados.
“Essa tecnologia aumenta a competitividade de mercado. Setores como gestão de patrimônio, empréstimos, seguros e pagamentos serão fortemente impactados pelo open finance. Se por um lado as incumbentes conseguem, entre outras coisas, conhecer ainda melhor seus clientes, as fintechs podem ser mais assertivas na hora de oferecer algum produto ou serviço a eles”, diz Mendonça.
Segundo dados da Neoway, 245 mil companhias têm atividades relacionadas ao mercado financeiro. Além disso, existem aproximadamente 20 mil grandes varejistas ou lojas de departamento que atendem milhões de consumidores e poderiam também se beneficiar do open finance. Por outro lado, de acordo com a Febraban, o país conta com 15 milhões de clientes únicos adeptos ao open finance, que geraram cerca de 11 bilhões de comunicações bem-sucedidas entre instituições que integram o sistema. Números expressivos, mas ainda tímidos se comparados ao universo em que estão inseridos.
“As possibilidades do open finance são enormes. Pensamos muito em bancos, companhias financeiras e seguradoras. Porém, há diversas outras indústrias, como o varejo, ainda a serem exploradas, pois o grande diferencial do compartilhamento de dados é a inteligência que essas informações trazem para todo o ecossistema. Por exemplo, as informações do comportamento financeiro das pessoas junto com os dados que a Neoway traz sobre o perfil daquele determinado público em potencial podem ser fundamentais para o crescimento, e até sobrevivência, daquele negócio”, complementa o executivo.
Ainda de acordo com Guilherme Mendonça, as expectativas são ótimas. Entretanto, questões como o ambiente regulatório, níveis de adoção do consumidor e colaboração entre as companhias serão preponderantes para a velocidade do crescimento dessa proposta.