Lesões nas mãos são as mais comuns em acidentes na Construção Civil

No mês de comemoração do Dia do Trabalhador do segmento, Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão explica ocorrências

As mãos, principais ferramentas na Construção Civil que levantam casas e prédios, são impactadas significativamente em acidentes de trabalho na área. A estimativa do número de ocorrências pode variar de acordo com as regiões do Brasil, mas é um problema relevante. Estudos indicam que cerca de 10 a 15% dos acidentes de trabalho nesse setor envolvem lesões nas mãos. Isso pode incluir cortes, fraturas, queimaduras e amputações, muitas vezes, causadas pelo uso de ferramentas inadequadas, falta de proteção ou mesmo descuidos.

No Brasil, estudos e relatórios da Previdência Social apontam que cerca de 30% dos acidentes de trabalho são relacionados a ferimentos nas mãos. É importante notar que esses números podem variar de acordo com a região e as condições específicas de trabalho.

Segundo dados gerais do Ministério da Previdência Social, em 2023 foram concedidos 27.477 benefícios acidentários (por incapacidade temporária e permanente) envolvendo fraturas, amputações, ferimentos, traumatismo superficial, lesão por esmagamento e trauma de nervos, todos relacionados à mão e ao punho. Esse número representa um aumento de 8,4% em relação ao registrado em 2022 (25.333 benefícios).

As principais lesões nas mãos decorrentes de acidentes na construção civil incluem cortes e lacerações frequentemente causados por ferramentas cortantes, como serras e facas, ou por materiais afiados. O manuseio inadequado dessas ferramentas é uma das principais causas. Fraturas também podem ocorrer quando as mãos são atingidas por objetos pesados, como tijolos ou equipamentos de construção, especialmente em quedas ou deslizamentos.

“Também podem ocorrer entorses ou lesões ligamentares, pois ao tentar segurar objetos pesados ou ao realizar movimentos bruscos, o trabalhador está sujeito a ter sobrecarga nas articulações”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Carlos da Costa.

A implementação de práticas de segurança adequadas e o treinamento contínuo são essenciais para reduzir essas lesões. Entre as causas dos acidentes estão principalmente a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de treino insuficiente. “Um fator significativo é o uso inadequado de luvas ou a falta delas que aumenta o risco de acidentes. Assim como, pouco conhecimento sobre o manuseio seguro de ferramentas e materiais, além de um ambiente de trabalho perigoso com desorganização, falta de sinalização e espaço restrito”, diz o ortopedista.

Orientações em casos de acidentes

Acidentes graves necessitam de primeiros socorros ou uma ambulância com assistência de profissionais capacitados para tratar a lesão. “Se houver sangramento, aplique pressão direta na ferida com um pano limpo ou bandagem. Se o sangramento não parar, mantenha a pressão e eleve a parte afetada. Use um curativo estéril para proteger a ferida e evitar infecções. Se houver suspeita de fratura, imobilize a mão e evite movimentos até que um profissional a examine”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão.

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