Valor dos prêmios em seguros de pessoas supera o resultado de 2023 em 16,2%, impactado principalmente pelos seguros de Vida Individual e Prestamista.
Estudo elaborado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi, com base nas informações da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, revela que o setor arrecadou R$ 72,7 bilhões em prêmios. O volume representa uma expansão de 16,2% na comparação com 2023.
Ao detalhar o resultado por produto, constata-se que os prêmios no seguro Vida Individual aumentaram 21,5%, no Prestamista cresceram 21,3%, e no seguro de Acidentes Pessoais expandiram 18,0%. Dessa forma, ao distribuir o total de prêmios pelos produtos, percebe-se que 47% do montante de prêmios arrecadado foram em seguro de Vida (modalidades individual e coletiva), 28% no seguro Prestamista e 13% em Acidentes Pessoais.
“Não obstante os resultados positivos, ainda há um grande gap de proteção securitária de nossa população a ser superado. A pesquisa Fenaprevi/DataFolha de 2024 apontou que 82% dos brasileiros acima de 18 anos não possuem seguro de vida. Outro indicador importante é o fato do Brasil ser a 9ª economia no mundo, de acordo com o Banco Mundial, porém, está na 42ª posição no ordenamento da OCDE de prêmios sobre o PIB, que conta com 54 países”, avalia Edson Franco, presidente da Fenaprevi.
O executivo defende que as seguradoras podem ampliar ainda mais o leque de soluções ofertadas à sociedade. “Nesse sentido, acreditamos que o Seguro de Vida Universal, com a devida regulamentação, obterá aqui o mesmo êxito alcançado em outros países, se tornando um importante instrumento de proteção ao patrimônio familiar. Nossa expectativa é que em 2025 já possamos ter esse seguro disponível para a população brasileira”, reforça Franco.
Setor transfere R$ 16,0 bilhões para os segurados
O relatório ainda destaca que a população segurada recebeu R$ 16 bilhões de seguros de pessoas em 2024. Um crescimento de 6,0% em comparação com os sinistros pagos em 2023.
Ao analisar o comportamento de cada produto, o estudo aponta que 53% das transferências foram em seguros de Vida (modalidades individual e coletiva), 22% em seguro Prestamista e 11% em Acidentes Pessoais. Comparando o resultado de cada produto com o registrado no ano anterior, o seguro Viagem (46,7%) apresenta a maior alta no pagamento de sinistros, o seguro Prestamista cresceu 27,6%, seguido pelo seguro de Vida individual com 25,8%.
A pesquisa Fenaprevi/DataFolha de 2024 revelou os principais medos dos brasileiros: para grande parte deles, o mercado segurador e previdenciário já provê coberturas com a adequada proteção financeira. Para Edson Franco, a segurança precisa ser disseminada na sociedade. “Nossos produtos de proteção à renda fazem a diferença na vida das famílias, tanto para assegurar uma aposentadoria que permita um envelhecimento digno, como para oferecer amparo financeiro em uma situação de doença, invalidez ou morte prematura”, finaliza o executivo.