A versatilidade da capitalização no Brasil

Presidente da Fenacap ressalta as possibilidades do segmento, inclusive para os corretores, dos quais a federação tem buscado se aproximar
Carol Rodrigues

Denis Morais, presidente da Fenacap

A capitalização não existe somente no Brasil, mas o seu desenvolvimento no Brasil é único. Segundo Denis Morais, presidente da Fenacap, há produtos muito semelhantes em outros países, cada um com sua dinâmica e regulação. “Há dois anos, a Fides criou um grupo de trabalho, em que ofereceu aos países a possibilidade de conhecer a capitalização. São dez empresas e dez países participantes desse grupo de trabalho. Isso aproxima a capitalização desse conhecimento mais global, trazendo novas possibilidades”.

Os 95 anos da capitalização no Brasil, completos em setembro deste ano, marcam o período em que o setor foi resiliente, tendo passado por vários desafios. “O investimento em inovação e na comunicação com os consumidores vem ao encontro das possibilidades que a capitalização tem criado com as suas seis modalidades e cada uma tem apresentado um grande potencial de crescimento”, diz o presidente da Fenacap.

Hoje, a capitalização conta com várias possibilidades, além de a reserva ser oferecida a outros públicos, o consumidor também pode doar a reserva para uma instituição filantrópica, utilizar em uma operação promocional para pessoa jurídica, uma garantia de crédito ou de aluguel.

“Temos produtos voltados ao segmento popular e operações que podem estimular a vontade de poupar”.

Dessa forma, segundo Morais, a capitalização é uma porta de entrada no mercado de seguros. “E poderá ser muito mais daqui para frente. O que traz a questão da inclusão como forma importante”.

O corretor na capitalização

“O corretor é o grande vendedor e aliado do mercado segurador. Como parte do mercado, acreditamos muito nesse potencial. Com as novas possibilidades, os corretores têm oportunidades bastante expressivas de ajudar e fazer negócios. Estamos procurando nos aproximar. É um segmento que pode trazer novos horizontes para os corretores”, diz o presidente, ao destacar que a modalidade Garantia de Aluguel já é uma realidade na comercialização dos corretores há alguns anos.

A capitalização é, inclusive, aderente a outros produtos. “O sorteio é a cereja do bolo do produto. Com esse aspecto lúdico, ele aproxima o cliente e o consumidor para conhecer o produto e o seu valor. Quando você junta isso a outros produtos, amplia muito essa possibilidade”.

Segundo Morais, um dos grandes desafios é que as empresas do mercado segurador conheçam o potencial da capitalização, que os consumidores possam ter acesso.

“Estamos bastante confiantes e fazendo trabalhos na Federação e na Confederação para ajudar as empresas e os outros segmentos a conhecerem a capitalização e suas possiblidades para que possamos continuar crescendo e agregar mais valor no sonho do crescimento do mercado segurador como um todo”.

Para tanto, a Fenacap também tem procurado participar de eventos voltados para corretores.

“Fizemos um trabalho no ano passado – denominado Estimativa de Potencial de Mercado – que mostra que temos hoje R$ 40 bilhões em reservas técnicas. De forma conservadora, esse estudo mostra que, em três anos, podemos triplicar essas reservas”, comenta o presidente, sobre as reservas que podem chegar a R$ 111,4 bilhões em 2028.

Conteúdo da edição de dezembro (271) da Revista Cobertura

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