Por Djalma Ferraz*
Nos últimos anos, e não diferente em 2024, percebemos cada vez mais relevante o papel das assessorias no fomento da cultura dos seguros, atendendo seguradoras e corretoras de seguros para crescimento e qualificação das vendas. O Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), elaborado pelo Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), prevê crescimento no segmento a fim de alcançar participação de 10% do PIB em 2030 e não tenho dúvidas que as assessorias são uma grande força para contribuir muito no alcance desse objetivo.
As Aconsegs realizam um trabalho incrível na união das assessorias filiadas em torno desse projeto de avanço com qualidade no mercado de seguros e seus números totalizados. A sua expansão para todo o Brasil é um sinal de sucesso e aceitação por todos os entes do ecossistema de seguros, passando pelos seguradores e corretores de seguros.
A Aconseg-NNE prevê para o ano de 2025 diversas ações para promover benefícios às suas associadas e aos corretores de seguros por elas atendidos, além de colocar em debate temas de seguros relevantes para todos os agentes do segmento de seguros.
Podemos destacar duas ações principais que prometem movimentar o mercado: O 3º Encontro Magno das Aconsegs no primeiro semestre de 2025 e um evento exclusivo da Aconseg-NNE, na cidade de Recife no segundo semestre, debatendo conteúdos relevantes para o mercado em conjunto com os parceiros seguradores e corretores de seguros.
Em 2024, no que tange à evolução das vendas de seguros, tivemos um crescimento dentro do planejado pelo mercado e num percentual superior ao da economia geral, que também prevê um bom crescimento projetado para mais de 3%, de acordo com os últimos boletins Focus do Banco Central.
No Norte e Nordeste as atenções são semelhantes e os desafios parecidos. Os olhos do mundo estarão voltados para a COP 30, que será realizada na cidade de Belém-PA, trazendo os temas das mudanças climáticas e sustentabilidade global.
Todo ano que surge à nossa frente consideramos como desafio e não poderia ser diferente em relação a 2025. Podemos pontuar alguns tópicos a serem observados: ampliação da utilização da tecnologia de IA (inteligência artificial) nos processos; preocupação crescente com a matriz energética brasileira e problemas climáticos; problemas históricos de infraestrutura nos serviços públicos como saúde, redes de transporte, segurança etc. Ao mesmo tempo, temos otimismo em relação ao crescimento do emprego e de atividades empreendedoras que façam ampliar o consumo e automaticamente a contratação de seguros de um modo geral.
Considerando o dinamismo da sociedade e das suas relações com os consequentes impactos jurídicos, a aprovação da Lei do Contrato de Seguro no Congresso Nacional em 2024 é um passo importante para as atualizações necessárias desejadas pelo setor de seguros.
Ainda no quesito legislação, a esperada aprovação no senado e consequente sanção presidencial em 2025 do PL 519/18, que regulamenta o funcionamento de cooperativas de seguro, é tida como fundamental pelo mercado de seguros. Ao colocar as atividades em condições de fiscalização e comercialização equivalentes, os corretores e assessorias de seguros poderão participar deste processo, aliás, o mercado como um todo, especialmente a Susep, poderá combater com mais rigor as empresas que continuarem com atuações ilícitas, trazendo assim, mais segurança para o consumidor final.
O open insurance deve continuar na pauta dos debates e espera-se que haja real avanço em seus resultados práticos, seguindo os passos do open banking. As assessorias e os corretores precisam acompanhar as atualizações do tema para não perderem oportunidades de participação e poderem orientar melhor aos seus segurados.
Djalma Ferraz é presidente da Aconseg-NNE
Conteúdo da edição 07 da Revista Aconseg-NNE