Melhora na experiência do cliente, eficiência e oferecer produtos e serviços mais relevantes e personalizados estão entre as contribuições
2023 mal havia começado e muito já se falava na nova tendência na área da tecnologia: o ChatGPT, sigla para Chat Generative Pre-Trained Transformer, em português Transformador Pré-treinado Generativo.
Lançada em novembro de 2022 pela empresa Open AI, a novidade é um chatbot que utiliza os diversos tipos de linguagem para se comunicar com o usuário de maneira natural, mas pré-determinada.
O diretor de Tecnologia da Tokio, Sergio Miotto, esclarece que o ChatGPT se trata de uma ferramenta de Inteligência Artificial com arquétipos treinados que usam dados abertos da internet. “Esses modelos possibilitam que os usuários obtenham respostas rápidas sobre os mais variados assuntos, mas enfatizo que ainda não há uma versão comercial da ferramenta”.
Essa tecnologia pode responder a perguntas do dia a dia, desde indicar o melhor computador por custo-benefício até uma receita de pudim. Mas, e quando o assunto é o mercado de seguros?
Questionamos o diretor de Tecnologia da Tokio Marine, que perguntou ao próprio ChatGPT como ele pode ajudar a melhorar o mercado de seguros no Brasil.
A AI destacou quatro pontos: atendimento ao cliente, pois pode ser usado para criar assistentes virtuais de atendimento ao cliente mais eficazes para empresas de seguros no Brasil; análise de risco, por meio de sua utilização na análise de grandes volumes de dados de sinistros e outros dados relacionados a seguros; desenvolvimento de produtos, pois pode contribuir para identificar oportunidades de mercado para novos produtos de seguros, e automação de processos, como a emissão de apólices e o processamento de sinistros.
“O ChatGPT pode ajudar a melhorar o mercado de seguros no Brasil, fornecendo insights valiosos e automatizando processos de negócios. Isso pode ajudar as empresas de seguros a serem mais eficientes, a melhorar a experiência do cliente e a oferecer produtos e serviços mais relevantes e personalizados”, explica Miotto.
Segundo ele, dentro do Grupo Tokio Marine, há algumas ações em avaliação quanto ao uso do ChatGPT. A Tokio Ásia, por exemplo, avalia capacidades idiomáticas, pois eles possuem diversos dialetos numa mesma região.
“Na Tokio Marine no Brasil também estamos avaliando a aplicabilidade do GPT para melhorarmos nossos chatbots; na automatização de processos de sinistros; na geração de conteúdo para nossas redes sociais e canais informativos e em processos que possam ajudar os corretores e assessorias a identificarem oportunidades de novos negócios”, antecipa.
E como seria o mundo sem seguros?
Quem também fez perguntas ao ChatGPT foi o diretor de Marketing do Grupo Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira. Ele questionou como seria o mundo, caso não existissem produtos ou serviços voltados à proteção de indivíduos, suas famílias e conquistas.
“Se o seguro não existisse, as pessoas e empresas teriam que lidar com as consequências financeiras de possíveis perdas por conta própria. Isso poderia ser devastador para muitas pessoas, especialmente aquelas que não têm os recursos financeiros para lidar com perdas significativas. Sem o seguro, o risco financeiro seria muito maior e isso poderia afetar a forma como as pessoas tomam decisões em suas vidas pessoais e profissionais”, respondeu a AI.
“Esse ‘papel fundamental’ dos seguros, citado pela tecnologia, é reconhecido naturalmente por todos que atuam em nosso segmento. O desafio aqui é tornar essa mensagem cada vez mais compreendida por toda a sociedade”, observa Nogueira, ao lembrar que há um esforço do setor para ampliar a percepção sobre a necessidade de prover proteção e, em suas palavras, “tornar o mundo – cada vez mais imprevisível -, um lugar em que o seguro esteja mais presente no dia a dia das famílias e que possa ser o ‘amigo certo nas horas incertas’”.
Nesse sentido, ele lembra que os atores do mercado ampliaram a quantidade de produtos e serviços oferecidos, além de tornarem ágeis e simples a experiência de contratação e uso do seguro e assistências. Eis um ponto em que a AI pode contribuir, e muito.
Conteúdo da edição 62 da Revista Aconseg-SP