Com consultoria financeira, corretor oferece completo planejamento patrimonial

Alisson Ramos se tornou especialista no mercado financeiro, aponta expansão e destaca que todo cliente precisa de planejamento patrimonial

Thais Ruco

Encontrar oportunidades percorrendo caminhos inovadores sempre foi o objetivo de Alisson Ramos. Graduado em Administração com Comércio Exterior, ele ingressou na corretagem de seguros há 24 anos, chegou a diretor comercial de uma corretora quando, em 2006, abriu a própria empresa, a SRA Seguros. Localizada na cidade de Santo André, no ABC Paulista, tinha como estratégia se especializar em seguros empresariais.

Com o sucesso do negócio, comprou a carteira da corretora, na qual foi diretor, e começou a pensar em formas de investir os rendimentos. “Conversei com gerente de banco, mas não fiquei satisfeito com as opções. Também não queria investir em imóveis, pois sei de pessoas que perderam muito com o inventário. Foi quando comecei a comprar livros e estudar o mercado financeiro”, conta.

Ele começou então a montar sua própria carteira de investimentos e se apaixonou pela área. “Passei a contar para amigos e ajudá-los a investir. Chegou um momento que estava ajudando 30 pessoas e me dei conta que já tinha um negócio”. Alisson foi então pesquisar se este era um mercado regulado, e conheceu a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), equivalente à Susep em seguros. Também aprendeu sobre os players deste mercado: bancos e corretoras de valores mobiliários. Descobriu que essas corretoras atuam por meio de um profissional chamado agente autônomo de investimentos ou assessor de investimentos. “Esse profissional, assim como o corretor de seguros, precisa ser habilitado, passar por uma prova para se cadastrar na CVM. E precisa estar ligado a uma instituição para vender o produto dessa empresa”.

Como havia pouca referência no Brasil, Alisson foi participar de uma convenção sobre o tema nos EUA, e lá conheceu a pessoa que se tornaria seu sócio. “Em 2008, abrimos uma empresa de consultoria de investimento no Brasil, chamada Bullmark”. A empresa representa outro profissional certificado pela CVM, chamado consultor de valores imobiliários ou consultor de investimentos. “O consultor é um profissional independente, não posso ter relação comercial com nenhuma instituição do mercado financeiro. Quem paga pelos honorários é o cliente. Diferente do agente autônomo, que se vincula a uma instituição e recebe comissão de cada produto que vende. São dois modelos de negócios. Mas como o consultor não pode receber comissão, quem paga é o cliente, suas escolhas são extremamente técnicas, não têm peso comercial”, defende.

Segundo ele, esse modelo de negócios no Brasil ainda é incipiente. “Até o fim de 2021 não existiam nem cem consultores de valores imobiliários pessoa física no Brasil. No caso do agente, há dez anos eram mil profissionais, há dois anos eram sete mil e, hoje, já estão em cerca de 15 mil”.

O “pulo do gato”, em sua visão, está em atender o cliente de forma plena. “Todo cliente precisa de um planejamento patrimonial. Seguros como vida, saúde, crédito, bem como consórcios, são ferramentas usadas pelos planejadores patrimoniais e financeiros. Vemos grandes seguradoras apostando agora em plataformas de investimento. O corretor de seguros, com uma carteira de clientes fidelizados, tem uma grande oportunidade, mas se ficar vendendo apenas seguro automóvel, se não se qualificar, não entender que o mercado está virando nesta direção, outras pessoas irão chegar em seu cliente para falar sobre isso”, alerta.

Conteúdo da edição de janeiro/fevereiro (239) da Revista Cobertura

Revista Cobertura desde 1991 levando informação aos profissionais do mercado de seguros.

Anuncie

Entre em contato e descubra as opções de anúncios que a Revista Cobertura pode te oferecer.

Eventos

Próximos Eventos

Mais lidas da semana

Mais lidas