Essa é a proposta da plataforma digital FF Orbi, da Fairfax, companhia que tem como meta chegar a 2023 com 5 mil corretores e mais dez produtos focados no varejo

Carol Rodrigues

Em 2025, o varejo digital representará 30% da Fairfax Brasil (FF Seguros). Essa é a meta da companhia, até então reconhecida pela atuação em grandes riscos, que tem desmistificado a realização da venda on-line com o intermédio do corretor de seguros.

O head de Canais Digitais da FF Seguros, Eduardo Pitombeira, ingressou na companhia para auxiliar no processo de transformação digital iniciado em 2021 e, ao mesmo tempo, a entrada no varejo, que era um objetivo da companhia. “A abordagem digital está muito próxima do varejo porque envolve tanto a experiência do corretor como do cliente. Nosso primeiro passo foi criar uma plataforma nativa da Fairfax”.

Foi assim que eles optaram em desenvolver do zero uma plataforma de tecnologia e nascia a FF Orbi, plataforma de venda de seguros on-line da seguradora. “Para nós, o corretor tem papel central. Nossa estratégia foi tornar o corretor mais pronto para trabalhar digitalmente”.

Hoje, duas mil corretoras de seguros pessoa jurídica já aderiram à plataforma.  Pitombeira lembra que a companhia começou com o produto de nicho RC Profissional, inicialmente para Médicos, Dentistas e Corretor de seguros. Na sequência vieram os seguros para bicicletas, D&O, Riscos Diversos para equipamentos de linha amarela de Construção Civil.

“Para esse ano, estamos cadastrando mais corretores e pretendemos chegar ao final de 2023 com pelo menos cinco mil corretores trabalhando com a plataforma digital FF Orbi e mais dez produtos focados no varejo. Queremos atender aquilo que o nosso corretor necessita. Estaremos nos produtos centrais para a atividades dos corretores que vêm trabalhar conosco”.

Segundo ele, em todos os produtos disponíveis na plataforma, o corretor entra, faz a cotação e a apólice é emitida imediatamente. Outra característica é a facilidade. “Não adianta colocar um produto digital com 50 perguntas ou pedir que mande a cópia da foto do chassi do equipamento móvel. Fazemos poucas perguntas porque temos integrações com bases de dados que fornecem as informações que precisamos. A nossa meta é que o corretor leve um minuto da cotação à proposta. Todos os produtos novos têm saído com essa característica”.

Pitombeira destaca que, no varejo digital, o resumo, as condições e os detalhes do produto são visíveis, além da necessidade de melhorias constantes. “Se fica visível, não tem aquela coisa de letra miúda. Tem que ser transparente, senão você não gera essa relação de confiança com o corretor e com o cliente. A nossa confiança é que, ao servirmos bem ao corretor, como fazemos todos os dias, vamos alcançar também a confiança dos clientes”.

Jornada dos produtos

Para o produto atingir o ponto da simplicidade é preciso ter toda a inteligência dentro do software, acessar a base de dados e fazer cruzamento de informações para perguntar o mínimo possível.

Os produtos têm uma longa jornada de descoberta técnica. “Conversamos com corretores, mostramos protótipos de produto, não só visual, mas a cobertura. O desenvolvimento de software leva cerca de 30 dias, incluindo testes e revisões necessárias. Não se pode sacrificar a utilidade do produto em prol da simplicidade”.

A FF conta com 20 pessoas somente na equipe de software. Em janeiro, a FF lançou uma plataforma de APIs e, agora, em 2023 vai lançar um conjunto de algoritmos para ajudar o corretor a conquistar mais negócios de maneira digital por meio de algoritmos.
“Para nós, a inovação é um caminho sem volta. No caso da plataforma Orbi, vamos modernizar a subscrição, a distribuição e a forma de engajamento com os corretores”, conclui.

Conteúdo da edição de março (251) da Revista Cobertura