Aporte de US$ 1 bilhão por ano em tecnologia faz da Chubb Brasil uma companhia alinhada com a transformação digital
Karin Fuchs
Com cerca de oitocentos profissionais atuando no Brasil, distribuídos pelas filiais de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro, além da sede, em São Paulo, a Chubb Brasil tem uma carteira de mais de sete mil corretores parceiros cadastrados e 80% deles fazem negócios regularmente com a companhia. Um dos objetivos é ampliar a sua participação no segmento de pequenas e médias empresas.
“Estamos felizes com a possibilidade de levar ao pequeno e ao médio empresário e aos executivos dessas companhias soluções de proteção que há pouco tempo era uma espécie de privilégio das grandes corporações”, afirma o presidente da Chubb Brasil, Leandro Martinez. Como exemplo, ele cita o seguro de D&O, segmento o qual eles foram pioneiros no País.
Com forte atuação em grandes riscos, Martinez conta que o recente anúncio do aumento do investimento previsto em obras de infraestrutura, feito pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), deixou a companhia bastante animada. “Temos muito a contribuir com a concretização desses projetos tão importantes para a nossa economia, por meio do aporte de nosso conhecimento e da capacidade de aceitação de risco da companhia”.
AOS PARCEIROS
Além de disponibilizar ferramentas tecnológicas para facilitar a vida dos corretores parceiros, como o Portal do Corretor, o Chubb Net, no qual é possível fazer cotações, emissões de apólice e aviso de sinistros de todos os produtos padronizados, uma segunda preocupação é a capacitação. “Sabemos da complexidade do setor de seguros, especialmente quando falamos de produtos voltados ao mercado corporativo. Por isso, a oferta de treinamentos e de suporte ao corretor é uma constante por aqui”, explica.
Como exemplo, ele cita o Chubb Digital, programa de treinamento on-line, lançado em março de 2020. “Transmitido ao vivo pela internet, com excelente aceitação por nossos parceiros, ele já contou com a participação de milhares de corretores. A cada mês, mapeamos os temas relevantes para os parceiros e colocamos nossos especialistas para desenvolver e participar das lives. As transmissões são feitas todas as terças-feiras pela manhã e, para participar, basta acompanhar as publicações da Chubb em seus canais nas redes sociais. A ação é aberta inclusive para corretores não cadastrados na seguradora”.
INVESTIMENTOS
Há cinco anos, a Chubb deu início à transformação digital, aportando US$ 1 bilhão por ano apenas em tecnologia. “Temos cientistas de dados, markeeters digitais, especialistas em Inteligência Artificial e Machine Learning (ML), muitos desenvolvedores full stack e com muitas outras habilidades. Digital é a equipe que mais cresce na Chubb e trabalhamos para trazer novas soluções e produtos aos nossos parceiros que, por sua vez, proporcionam novas experiências de seguro”.
Isso tem impacto sobre a forma como eles fazem negócio e já se reflete na atuação da companhia em diversos países. “A vertente mais visível dessa transformação, no momento, está nos produtos de massificados. Temos parcerias digitais com marcas líderes em todo o mundo. O carro-chefe ou principal ferramenta dessa estratégia é o Chubb Studio, uma plataforma lançada publicamente em setembro de 2020 que simplifica e agiliza a distribuição de seguros da Chubb para clientes de empresas tradicionais e digitais de vários setores”.
Graças a todo esse investimento, Martinez conta que foram firmadas alianças com empresas que estão transformado seus mercados com o uso da tecnologia. No Brasil com o Nubank e, no México, com o Rappi. “Essa é a face mais visível de todo esse processo vivido pela companhia até aqui, mas o potencial é muito maior. Quando pensamos em grandes riscos ou mesmo nos produtos voltados a pequenas e médias empresas, esse investimento certamente poderá ser revertido em aprimoramentos importantes no processo de subscrição”.
LANÇAMENTOS
Com o arrefecimento da pandemia, eles perceberam uma necessidade de aprimoramento do produto de seguro voltado às indústrias leves e reformularam o produto direcionado a esse segmento, com a oferta de mais coberturas e facilidade de pagamento do valor do prêmio em até dez vezes sem juros. “Outro exemplo foi o lançamento do seguro de responsabilidade civil amplo, em abril, um mês após a publicação pela Susep de Resolução que colocou o Brasil no mesmo patamar dos mercados mais avançados do mundo”.
Segundo ele, esse modelo, denominado Owner Controlled Insurance Program (OCIP), é perfeito para companhias com várias prestadoras de serviços. “Essas novidades vêm na esteira de outras inovações trazidas para o mercado brasileiro pela Chubb. Neste ano, por exemplo, a introdução do modelo de apólices All Risk no País completa dez anos, feita justamente pela Chubb”.
NO COMANDO
À frente da companhia, ele diz que o maior desafio será o de tirar o máximo proveito de todas essas transformações no horizonte por conta da revolução tecnológica e aliar tudo isso à capacidade de entender as necessidades do mercado brasileiro.
“A Chubb opera no Brasil há quase 50 anos e já atravessamos diversos períodos de intensas mudanças, mas, provavelmente, nada como o que nos espera pela frente. O que me deixa muito animado ao pensar no futuro é perceber a conjunção de fatores que abre enormes possibilidades para uma empresa com o conhecimento acumulado e o alcance da Chubb”.
Para ele, a revisão do marco regulatório, promovida pela Susep, prepara o setor de seguros para atender as necessidades de nossa economia. “Os investimentos em inovação e o know-how acumulado pela companhia nas operações em outros 50 países podem e devem beneficiar os clientes aqui no Brasil. Mas isso só será possível se nosso time tiver a capacidade técnica e a sensibilidade para adaptar todo esse diferencial às necessidades dos clientes. Quem está próximo e conhece como ninguém essa necessidade é o corretor de seguros. Por isso, esse parceiro será ainda mais importante nessa nova etapa da Chubb Brasil”.
MERCADO
Martinez afirma que ainda que exista uma dúvida a respeito dos caminhos da economia, depois de um longo período marcado por enormes desafios enfrentados pelo setor produtivo e pela população em geral, uma constatação já pode ser feita: “a pandemia gerou no brasileiro uma maior percepção de risco e da necessidade de proteção. Isso tanto na esfera pessoal quanto no universo corporativo”.
Quando se avalia a realidade das pessoas diante da crise sanitária, ele explica que é compreensível a percepção de que um seguro de vida deve entrar na lista de prioridades para cuidar de quem é importante para nós. “Tanto que os seguros de vida arrecadaram de janeiro a junho um total de prêmios 19,1% superior ao obtido no mesmo período de 2020”, menciona.
No mundo corporativo, Martinez avalia que a mudança de cenário gerado pela pandemia afetou igualmente a percepção de risco e fez com que empresários e executivos buscassem opções para reduzir suas exposições, “um movimento refletido no surpreendente crescimento dos seguros de responsabilidade civil, de contratação ainda pouco comum no Brasil. O segmento teve alta de 34,7% no montante de prêmios arrecadados nos primeiros seis meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado”.
Nesse ramo, o seguro de D&O apresentou avanço de 47,2% no volume de prêmios. “Um ambiente marcado por turbulências e desarranjos no setor produtivo, por conta de paralisações ou falta de insumos, as disputas judiciais tendem a aumentar e a contratação de um seguro de RC é uma forma de os empresários se protegerem. Isso tudo nos dá uma visão das transformações imediatas geradas pela pandemia”, conclui.
Conteúdo da edição de dezembro (238) da Revista Cobertura