Objetivo é acelerar a transformação dos processos e produtos e, em consequência, melhorar a satisfação dos corretores e clientes
Thaís Ruco
Novas tecnologias e procedimentos para o atendimento aos segurados, além do suporte aos corretores e parceiros, têm sido foco da Mapfre. Em 2018, foi criado o Mapfre Open Innovation (MOI), um programa de inovação global que vai ao encontro do compromisso estratégico da companhia em promover uma transformação digital focada no cliente por meio de parcerias e do uso de tecnologias emergentes.
Em 2021, foi lançada a segunda temporada do Desafio de Inovação Estratégica, que selecionou startups em desenvolvimento, que possuíam projetos de rápida implantação e respondiam aos desafios mapeados pela Mapfre como a otimização do relacionamento com clientes e distribuidores, a personalização da oferta baseada em dados e a eficiência operacional.
Em março de 2022, a empresa realizou convocatória para a quarta edição do insur_space, um programa fast-track-to-market que tem a proposta de captar iniciativas de todo o mundo que já tenham um produto no mercado segurador ou queiram entrar no setor por meio de uma parceria estratégica. O insur_space oferece até 100 mil euros de financiamento sem a necessidade de se tornar acionista das startups.
“Com a inovação, e sempre alinhado com a estratégia da empresa, podemos acelerar a transformação dos nossos processos e produtos e, em consequência, melhorar a satisfação dos nossos corretores e clientes”, comenta Raphael Bauer, diretor-geral Comercial da Mapfre.
Este ano, a companhia segue fomentando e investindo em projetos e pesquisas que transformem a sociedade. “Agora em abril, teremos a final da quinta edição dos Prêmios à Inovação Social, que premia iniciativas inovadoras do Brasil, Europa e outros países da América Latina, e que conta com três finalistas brasileiros”, revela Bauer. “Teremos ainda uma nova roda do Desafio de Inovação Estratégica (MOI), que será liderado pelo nosso superintendente de Inovação e Negócios Digitais, Nikolaus Steve Maack. A iniciativa buscará soluções alinhadas à estratégia dos próximos anos e que nos apoie na transformação direcionada à necessidade dos nossos corretores e clientes”.
Durante a pandemia foi impulsionada a estratégia corporativa de transformação digital na companhia apoiada em dois eixos de ação: a digitalização do relacionamento com o cliente e a digitalização das operações. Para o diretor, mais do que nunca, o momento é de necessidade de novas soluções, uma outra forma de relacionamento e canais de atendimento híbridos. Em termos de distribuição, as mudanças mais significativas também devem acontecer nos processos, baseadas na tecnologia. “Por exemplo, ao invés de fazer uma subscrição com 30 perguntas para um seguro de automóvel, buscaremos um questionário menor com um sistema de apoio que utiliza 30 variáveis”, aponta. “A experiência de subscrição que pretendemos adotar não é comparada ao mercado de seguros, mas, sim, com outras jornadas de consumo, como, por exemplo, da Uber, iFood, Amazon e bancos digitais. A inovação é na necessidade e experiência dos clientes, com rapidez e eficiência nas perguntas e respostas que levam ao processo de compra”.
A melhoria desses fluxos internos, jornada do cliente e distribuidor e, principalmente, uma grande evolução nos modelos de tarifação e subscrição do risco devem contribuir de forma significativa para os resultados.
A companhia acredita no crescimento da inteligência de dados on-line, melhorando as análises, expandindo o uso de Big Data e promovendo chatbots e assistentes de voz. A visão é de continuar apostando nas relações de confiança, sabendo que todos temos que nos adaptar às novas necessidades dos clientes. “Mesmo com a inserção da tecnologia e o perfil diferente do consumidor, vivemos num mercado relacional, portanto, o corretor não pode perder a sua essência, proximidade e papel consultivo”.
Conteúdo da edição de abril (241) da Revista Cobertura