Com muito espaço para crescer, mercado terá entrada de novos players, mais produtos que atendam as necessidades do consumidor e seguradoras e corretores cada vez mais próximos
Carol Rodrigues
O ano de 2025 já começa com algumas mudanças importantes. Uma delas é a entrada em vigor da Lei nº 15.040/2024 – Lei do Contrato de Seguro, também conhecida como o Marco Legal dos Seguros. O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, foi sancionado pelo Presidente da República em 9 de dezembro de 2024.
“Todo ano sempre será de muitas incertezas”, diz José Adalberto Ferrara, CEO da Tokio Marine.
Para ele, em 2025 o mercado terá novos players, que vão acirrar a concorrência no mercado, em linha com que a Susep argumenta para aumentar a concorrência no mercado.
“Acredito que 2025 será melhor do que 2024. Toda a indústria securitária tem condições de entrar 2025 com o pé direito crescendo dois dígitos tranquilamente”.
Ferrara também acredita que será um ano com novos produtos à disposição dos clientes.
“Há um compromisso do país com a descarbonização e isso implica em fazer com que a energia limpa seja cada vez mais presente. Temos energias eólicas e solares sendo feitas nos quatro cantos do País. Isso dá espaço para toda a indústria seguradora ajudar o Brasil e a sociedade a crescer em bases firmes e duradouras”.
Uma recomendação de Ferrara aos corretores é que continuem a se profissionalizar e que tentem ampliar a rede de distribuição. “A tecnologia existente em poder dos corretores permite a eles trabalharem no Brasil inteiro. Há a possibilidade de atuar em todos os 5,4 mil municípios do País. Um levantamento da Tokio Marine mostra que menos de 60% dos municípios brasileiros possuem corretores. Há um espaço enorme para os 120 mil corretores ampliarem o seu escopo de atuação”.
O melhor parceiro
“O consumidor pode esperar e nos cobrar um produto melhor, mais fluido, com processos muito simples. Não iremos parar enquanto não tivermos processos muito simples para o cliente. Desde o processo de compra até um eventual sinistro, o cliente tem de se sentir confortável com todo o processo”, destaca Eduardo Dal Ri, CEO do Grupo HDI.
“Se ele bater o carro, vai poder ficar muito tranquilo porque tudo vai acontecer de forma rápida e justa. Se ele tem uma residência e pegou fogo e precisa de assistência, ter a convicção de que tudo vai se resolver rapidamente”, acrescenta.
Já o corretor de seguros pode esperar o melhor parceiro que ele poderia ter para se desenvolver, inclusive pelo portfólio de produtos. “Quero ter o corretor do meu lado para desenvolver a corretora e a carteira dele. Que ele não tenha um cliente que escape sem a proteção necessária para a família, individuo ou empresa”, diz.
Novos produtos
O próximo ano também será de novidades na EZZE Seguros. Segundo o presidente Richard Vinhosa, no ano que vem haverá uma forte expansão comercial da companhia, além do lançamento de novos produtos para pessoa física e pessoa jurídica. “Um deles é o fiança locatícia para pessoa física”, exemplifica o presidente da companhia que, prevê fechar 2024 com um crescimento de 70%.
Para o presidente, o ritmo de crescimento deve se manter entre 50% a 70% em 2025.
“Estou contente com o ano de 2024 tanto da companhia como do mercado, que passou por um desafio grande, que foi o Rio Grande do Sul, com um mercado proativo, retornando através dos benefícios para os clientes. O grande desafio do mercado tem sido conseguir crescer com uma taxa de juros alta”.
O patrocínio ao Sport Club Corinthians segue firme e expandido para o time feminino. “O relacionamento está dia mais próximo. Tanto a EZZE como o Corinthians estão colhendo os louros deste relacionamento”.
Produto assertivo
Segundo Fernando Soares, CEO da Suhai Seguradora, a companhia está trabalhando em uma grande transformação tecnológica, com novos sistemas de emissão e sinistro.
“Estamos muito otimistas e felizes em relação aos processos internos. Também olhamos o mercado de não segurados e vemos que há uma oportunidade muito grande. Desenhamos uma empresa para buscar as pessoas que não tinham seguro, que são os principais clientes que atendemos hoje, e continuamos muito otimistas”.
Segundo ele, em parceria com as assessorias e os corretores a companhia tem cumprido a sua missão. “Nossa estratégia é simples. Nosso produto é muito acertado para o mercado e continuaremos investindo na divulgação do produto e em parcerias para atingirmos o cliente não segurado”, diz o CEO da companhia que está investindo em processos internos.
O primeiro cliente
“Entender o canal corretor como cliente é a primeira mudança”, menciona Oscar Celada, CEO de Negócios da MAPFRE Seguros. “A satisfação do corretor é o que vai gerar valor e negócios”, completa o CEO, otimista para 2025.
De acordo com ele, a companhia tem um planejamento de segmentação de mercado e da estrutura comercial para atender com mais proximidade os corretores e as assessorias.
Conteúdo da edição de dezembro (271) da Revista Cobertura