Movimento SOS Chuvas continua em prol do RS

Ação liderada por instituições locais segue angariando fundos para ajudar as famílias
Carol Rodrigues

Celso Azevedo, Aconseg-RS

Após mais de dois meses das chuvas que deixaram um rastro de tristeza no Rio Grande do Sul, o presidente da Aconseg-RS e da CCA Assessoria em Seguros, Celso Azevedo, diz que há em várias cidades mais atingidas muitas ruas com pilhas de entulhos a serem ainda recolhidos, causando transtorno de todo tipo.

“Mas as prefeituras vêm fazendo sua parte. Esta tragédia mostrou claramente a necessidade da prevenção. Entendo que o poder público teve falhas na prevenção da manutenção dos diques e das mais de 20 bombas para retirada das águas que passaram pelos diques, muitas vezes voltando do rio pelos esgotos e piorando a situação de diversos bairros. Em torno de 20% das bombas estavam sem condições de funcionar, agravando os danos”, conta.

Segundo ele, muitos, embora avisados do risco da elevação das águas, demoraram muito a deixar suas casas o que os colocou em sérios riscos. “Estar atentos às informações das defesas civis do estado e município é muito importante. Também o poder público deverá rever seu plano de contingência para não serem pegos de surpresa”.

Ele lembra que, desde o início da enchente, quem não estava em zona alagada geralmente tinha algum parente próximo que foi atingido. “Por algum tempo, houve um envolvimento daqueles que não foram afetados para receber os alagados. O envolvimento da comunidade local e os auxílios recebidos do País inteiro foi algo emocionante”.

Mesmo aqueles que estavam em regiões mais altas, tiveram impacto pela dificuldade da movimentação devido às ruas trancadas e alagadas, ou seja, todos foram impactados de alguma forma. “Muitos tiveram que voltar ao home office. Na filial Novo Hamburgo pudemos trabalhar no escritório, mas em Porto Alegre tivemos mais de 1,20 metro de água na recepção do prédio com alagamento total do poço dos elevadores e ficamos então trinta dias trabalhando de casa”.

“O trabalho remoto permitiu manter as atividades sem problemas. Muitas vezes dando apoio a corretores que foram atingidos e não tinham como tocar seu expediente, que passaram então a usar nossa equipe para dar vazão a seus compromissos. Várias regiões tiveram falta de energia elétrica por vários dias, mas onde os profissionais corretores não tiveram este problema, a tecnologia foi fundamental para que os compromissos fossem honrados”.

União do seguro

Segundo Azevedo, o movimento chamado SOS Chuvas RS continua com a participação de todas as entidades do mercado, tais como Sindseg-RS, Sincor-RS, Aconseg-RS, CVG-RS, Clube da Bolinha, JRS, Seguro Gaúcho, Clube da Pedrinha, Clube das Gurias, Sindicato dos Securitários e Escola de Negócios e Seguros (ENS), com o objetivo de angariar doações  de empresas, entidades e etc.

“Com Chave PIX 929472410001-60, CNPJ do Sindseg-RS, ainda ativa para quem quiser colaborar, o projeto era atender necessidades de pessoas atuantes no mercado de seguros, tais como funcionários de corretores, prestadores de serviço e até mesmo de seguradoras. No total foram 65 famílias que se inscreveram para serem atendidas”, diz o presidente da Aconseg-RS, para quem ainda há muito a ser feito.

Conforme relatório do movimento, uma das ações é, com o apoio das seguradoras, as equipes de especialistas em manutenção elétrica e de equipamentos eletrodomésticos foram às residências dos assistidos para ajudar na revisão e manutenção das instalações e dos eletrodomésticos nas casas afetadas. Além disso, o movimento está comprometido em fazer acompanhamentos regulares para ajudar na limpeza e manutenção dos eletrodomésticos nas casas afetadas. Também está prevista a elaboração, edição e impressão de livro com a história de enchente.

Conteúdo da edição de julho (266) da Revista Cobertura

Revista Cobertura desde 1991 levando informação aos profissionais do mercado de seguros.

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