Fórum da FenaPrevi aborda o rastro da pandemia e as grandes mudanças comportamentais, que reforçam a importância da proteção securitária e previdenciária
Carol Rodrigues
Segundo pesquisa da FenaPrevi, durante a pandemia, 17% dos segurados declararam ter comprado um seguro – metade seguro Saúde e 40% seguro de vida. “Há, sim, um nível maior de conscientização das pessoas em relação a proteger a renda da família”, enfatizou Edson Franco, presidente da FenaPrevi, durante o X Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada.
Realizado em São Paulo, no início de setembro, o Fórum teve como pano de fundo a evolução dos seguros de Vida e dos planos de Previdência Privada e os reflexos causados pela pandemia de Covid-19.
Mauro Veras, médico consultor do Mercado de Seguros, lembrou que antes mesmo de a senadora Mara Gabrilli (PSDB) apresentar um projeto de lei que obrigaria as empresas de seguros de Vida e Previdência cobrirem todos os eventos relacionados à pandemia, as empresas do setor de seguros já haviam se reunido e acordado em oferecer a cobertura aos segurados no momento de sensibilidade social mundial. “Isso foi bastante importante para o mercado. Houve um ganho de credibilidade por parte dessas companhias que ofereceram cobertura. Lembrando que, no Brasil, há uma cláusula que exclui pandemia das coberturas”.
“Sinto orgulho de fazer parte de uma geração de líderes que, quando confrontados com um dilema ético, escolheram o caminho mais duro, mais corajoso, de abdicar da proteção técnico-jurídico que tínhamos à nossa disposição e honrar o próprio propósito do nosso segmento, amparando as famílias dos nossos clientes e a sociedade nesse episódio tão doloroso da nossa história”, ressaltou Franco.
Em comum com Franco, Ivan Gontijo Jr., presidente do Grupo Bradesco Seguros, também ressaltou que as companhias abdicaram da rentabilidade para oferecer proteção à sociedade brasileira na hora adequada. “Isso independente do que o clausulado dos contratos pudesse vir a estabelecer e ter sido acordado, indo para o social, para o caráter ético e moral”.
Setor consciente de seu papel
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, afirmou que está colocando em curso o plano de desenvolvimento do mercado segurador, uma derivação das propostas do setor entregues aos presidenciáveis, e que pretende criar um movimento que envolva todos os agentes do mercado em prol da sua evolução. “Acho que estamos conseguindo passar a mensagem de que o mercado de seguros tem soluções. Realmente a gente trabalha numa indústria que agrega valor para as pessoas”.
Armando Vergilio, presidente licenciado da Fenacor e secretário de estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana do DF, destacou a presença dos corretores, hoje compostos por uma rede de distribuição integrada por 128 mil corretores que estão fisicamente em mais de 3,6 mil municípios mas com a cobertura de todo o território nacional e o processo de digitalização dos profissionais.
“Nosso negócio é vender proteção à renda da família. Não existe proteção patrimonial, se não protegermos a renda da família porque na hora em que há interrupção da renda, a primeira coisa que vai é a casa própria, o carro, as poucas reservas que as pessoas têm. Temos um momento único de oportunidade, não só do ponto de vista comercial para seguradores e corretores, mas de cumprir o propósito do nosso segmento que é proteger a família brasileira”, concluiu o presidente da FenaPrevi.
Conteúdo da edição de setembro (número 246) da Revista Cobertura