“Devemos estar cada vez mais atentos às mudanças de comportamento dos clientes e da sociedade, especialmente no que se refere ao aumento de longevidade e à evolução da tecnologia na área da saúde”, destaca o CEO Edson Franco
Carol Rodrigues
Uma seguradora multilinha, multiproduto e multicanal 100% comprometida em focar nas necessidades do cliente. Esse é um grande diferencial do Grupo Zurich que, em 2022, completa 150 anos.
“Temos o clientecentrismo como um dos três comportamentos que fomentamos em nossa cultura. Se antes o maior objetivo era resolver problemas, hoje, companhias que estão na vanguarda, como a Zurich, vão além: buscam antecipar as necessidades do cliente e atuar com agilidade e eficiência nas demandas que são feitas, independentemente do canal em que se manifestam”, diz Edson Franco, CEO da Zurich Brasil.
À frente da operação brasileira, Franco diz que seus desafios são multiformes a curto e médio prazos. No curto prazo, ele cita a retomada mais lenta da economia, associada à alta da inflação e ao desarranjo da cadeia de suprimentos, que trazem desafios de custos e de escala. “Isso nos obriga a pensar de forma cada vez mais disruptiva, especialmente no que se refere ao uso intensivo da tecnologia como ferramenta de eficiência e melhora da qualidade do serviço prestado aos clientes e parceiros de distribuição”, comenta.
Já no longo prazo, ele diz que há várias macrotendências que devem ser observadas e destaca duas delas: a sustentabilidade ambiental e o aumento da longevidade e redução das taxas de natalidade que provocam o envelhecimento da população.
“No primeiro caso, vejo o risco do aquecimento global como um dos grandes desafios para o setor de seguros, já que afeta diretamente a qualidade dos riscos que subscrevemos. O aumento (ou deslocamento geográfico) dos riscos de inundações, incêndios e catástrofes naturais exigem uma atualização constante das nossas capacidades de subscrição e de construção de ferramentas que ajudem nossos clientes a evitar a ocorrência de eventos que podem causar danos patrimoniais e interrupção de negócios”, argumenta.
Além disso, segundo ele, é necessário estar cada vez mais atento às mudanças de comportamento dos clientes e da sociedade, especialmente no que se refere ao aumento de longevidade e a evolução da tecnologia na área da saúde. “Ambientes de trabalho multigeracionais, criação de uma ‘silver economy’ criam oportunidades de negócios e produzem a necessidade de desenvolvimento de produtos de seguros que acompanhem também a evolução dos desafios inerentes ao envelhecimento”.
A força do corretor
“O corretor de seguros é peça fundamental em qualquer circunstância na nossa indústria”, reforça Franco.
Segundo ele, com o processo de digitalização cada vez mais presente no dia a dia, simplificando e conferindo agilidade às atividades, o principal desafio que se apresenta para os corretores é que eles continuem se desenvolvendo, de forma crescente, para o necessário e estratégico papel de um consultor de riscos.
“Com tantas opções, os clientes valorizarão, mais e mais, quem estiver próximo deles, demonstre entender seus anseios e necessidades e os oriente quanto às proteções mais adequadas a cada perfil específico. Os consumidores vão querer, sempre, estar no foco das decisões, sentindo-se únicos e diferenciados, e o corretor pode proporcionar isso. Além disso, valorizarão cada vez mais as relações digitais e a agilidade em ter suas necessidades atendidas, e o corretor precisa se preparar para isso, assim como nós, seguradoras”.
Capilaridade
Desde o final de 2021, a companhia tem focado na expansão geográfica, a fim de fortalecer a atuação da estrutura comercial – que é composta por 27 filiais físicas em todo o País, com diretorias comerciais dedicadas ao relacionamento como um dos pilares mais centrais: os corretores de seguros.
“Para perseguir com o objetivo de ampliação de capilaridade, uma das nossas ações é intensificar a parceria com as assessorias em seguros. Hoje, já temos mais de 70 assessorias dispostas na maioria das unidades federativas do País, que já suportam o atendimento a mais de 2 mil corretores, dos quais mais de 1,5 mil são novos associados”, comenta o CEO ao lembrar que aumentou a presença física de 10 para 19 estados brasileiros.
Segundo ele, o movimento de expansão e intensificação do relacionamento com corretores tem dado frutos para a seguradora. “Até julho de 2022, já crescemos 70,5% em prêmio emitido no canal corretor em todo o País, em relação ao mesmo período do ano anterior”, comemora o CEO.
O interior de São Paulo já era e continua sendo um dos focos de atuação da seguradora, que possui cinco filiais, gerentes mobile estrategicamente posicionados para atender às necessidades do estado, além da parceria com assessorias que atuam no interior. “Além disso, acabamos de firmar uma importante parceria com o GRUPO yba, composto por 15 corretoras associadas que estão distribuídas estrategicamente pelo Interior de São Paulo.”
Multicanal e multiproduto
Além das assessorias em seguros, a companhia também tem avançado no segmento de parcerias, ampliando a distribuição de seguros comercializados por meio de outras empresas.
“Atualmente, temos expertise na estruturação de parcerias com mais de 70 acordos de distribuição com empresas ícones de mercado nos segmentos de Varejo, Telecom e Instituições Financeiras, como C6 Bank, Via, Havan e Vivo. As novas alianças estratégicas mostram o nível de flexibilidade da Zurich em firmar acordos com instituições de diferentes áreas de atuação, do mercado tradicional de bancos, varejistas e cooperativas às fintechs e insurtechs. Temos uma estrutura tecnológica robusta, sendo atualizada constantemente, que permite que nos conectemos com diferentes parceiros de maneira ágil, sem demandar grandes investimentos por parte deles nesse sentido”, diz.
O Grupo Carrefour é um dos exemplos mais recentes, mas há outros. “Por meio dessas parcerias, a Zurich tem levado para os canais de varejo e bancassurance diversos produtos, desde os mais tradicionais, como o seguro residencial, até seguros inovadores no mercado, como é o caso do seguro para transferências eletrônicas indevidas (o popular seguro Pix), em alta no momento”.
Franco define a Zurich como uma companhia sólida com um portfólio diversificado. “Pretendemos continuar investindo para oferecer produtos cada vez mais aderentes às necessidades do mercado brasileiro, e mais do que isso, para incentivar a cultura de proteção e prevenção que a nossa sociedade precisa desenvolver. Estamos focando nos próximos 150 anos, em que esperamos continuar prestando mais que um serviço proteção, mas também de orientação, mitigação e prevenção de riscos. Nosso processo de digitalização já uma realidade para a transição para uma sociedade digital, bem como a nossa ação frente aos grandes desafios que a humanidade enfrentará, como as mudanças climáticas e a sustentabilidade”.
Conteúdo da edição de agosto (245) da Revista Cobertura