Seguro pode custar menos do que uma assinatura de streaming por mês

Com preço acessível e coberturas e assistências para serem utilizadas pelo contratante, o que falta para popularizar o seguro de vida?

Se houve uma proteção que nos últimos anos conquistou adeptos foi o seguro de vida. No entanto, o alcance ainda está aquém de onde ele pode, e deve, chegar.

Victor Bernardes, diretor de Vida e Previdência da SulAmérica

“O seguro de vida é um produto essencial para a segurança financeira e emocional de todos. Ainda assim, por se tratar de um recurso muitas vezes utilizado em casos de acidentes graves ou morte, ele ainda é em grande maioria associado ao uso em momentos de risco ou destinado a pessoas idosas”, comenta Victor Bernardes, diretor de Vida e Previdência da SulAmérica.

“Hoje, as pessoas conseguem enxergar que esse tipo de proteção vai muito além de uma cobertura após a morte. No entanto, há ainda uma barreira para que o vida alcance mais pessoas”, destaca Eric Lundgren, diretor-executivo de Vida da Allianz.

Eric Lundgren, diretor-executivo de Vida da Allianz

Para Alessandro Malavazi, superintendente-executivo da Bradesco Vida e Previdência, o grande desafio está na desmistificação do produto, ainda atrelado a mitos, como ser apenas para quem tem herdeiros, ou para quem possui muito dinheiro, ou ainda para uso somente em casos de morte.

Algo que Nancy Rodrigues, diretora de Seguros de Pessoas da Tokio Marine, concorda.

“Muitos ainda não entendem a linguagem do que é o seguro. Temos o papel de tornar as condições gerais mais claras para o cliente. Precisamos ajudar os corretores a cada vez mais divulgar os produtos e os benefícios, fazendo com que as pessoas percebam que não é só um seguro que ela vai deixar para alguém”.

Nesse contexto, a contribuição das companhias tem sido constante, pois desde o preço acessível até novas coberturas e novos serviços são disponibilizados para tornar o produto mais atrativo ao consumidor.

Seguro a partir de R$ 8 mensais

Nancy Rodrigues, diretora de Seguros de Pessoas da Tokio Marine

Para se ter uma ideia, hoje o preço não é mais motivo para não se contratar proteção.

“Isso se deve à evolução do mercado de seguros, que agora oferece uma variedade de produtos adaptáveis às necessidades e ao orçamento de cada cliente. Antigamente, havia uma percepção comum de que seguro de vida era um luxo inacessível para muitos, mas essa realidade mudou bastante. Durante a pandemia, muitas pessoas passaram a entender a importância de se preparar para imprevistos e perceberam que o seguro de vida não é apenas uma despesa, mas sim um investimento na segurança financeira e na tranquilidade familiar”, contextualiza Alexandre Vicente, diretor de Seguros de Pessoas no Grupo HDI.

Como a contratação de seguros de vida se tornou mais acessível e personalizada, cada pessoa escolhe a cobertura que melhor se encaixa no seu orçamento e nas suas necessidades. “Isso significa que, independentemente do momento ou patrimônio, é possível encontrar uma apólice que ofereça a proteção adequada sem comprometer o orçamento e a estabilidade das famílias”, acrescenta o diretor do Grupo HDI.
Para se ter uma ideia, na Bradesco pode-se contatar um seguro de vida a partir de R$ 8 mensais; no grupo HDI, a partir de R$ 9,90, e na SulAmérica, por R$ 10.

É importante ressaltar que, de forma geral, os valores podem variar conforme idade, sexo, capital segurado, profissão e coberturas adicionadas. “As coberturas são flexíveis e o cliente pode reduzir o aumentar o capital quando for conveniente”, exemplifica Nancy.

Benefícios em vida

Alessandro Malavazi, superintendente Executivo da Bradesco Vida e Previdência

De forma geral, hoje as companhias possuem produtos com coberturas de acordo com a necessidade de cada cliente, das mais simplificadas até as soluções mais completas.

Na Bradesco Vida e Previdência, os produtos são totalmente personalizáveis. “Um bom exemplo é o Seguro Vida Viva Bradesco, que permite ao cliente combinar, entre 19 coberturas e 20 assistências, aquelas que mais fizerem sentido para o seu momento de vida e, inclusive, ajustá-las no decorrer da contratação. O produto oferece ampla abrangência de idade, de 18 a 80 anos, e capital segurado de até R$ 10 milhões para morte do segurado ou do cônjuge. Recentemente, o produto passou a ter vigência vitalícia”.

Para o diretor da SulAmérica, a flexibilidade de comprar um produto que se adapta ao perfil e às necessidades do cliente é um grande diferencial. “O Vida Flex SulAmérica possui 18 coberturas e mais de 15 benefícios e assistências, sendo que grande parte pode ser utilizada em vida. O seguro de vida da SulAmérica é um dos únicos a oferecer funeral familiar ampliado, que oferece prestação de serviço para o segurado, cônjuge, filhos/ enteados, dependentes, pais e sogros (sem limite de idade), nosso médico na tela é sem limite de utilização e 24 horas de disponibilidade, sete dias por semana”, expõe.

Recentemente, a Allianz lançou o pacote “Essencial”, que oferece três das coberturas mais demandadas no mercado – morte, indenização especial por morte acidental e invalidez permanente total ou parcial por acidente –, e o pacote “Personalizado”, para que os clientes escolham as coberturas, valores e assistências que mais se adequam à sua necessidade.

“Com isso, passamos a oferecer sete opções dentro do seguro de vida individual: ‘Simplificado’, ‘Básico’, ‘Essencial’, ‘Plus’, ‘Master’, ‘Exclusivo’ e ‘Personalizado’”.

A Tokio já tem o produto vida individual há sete anos e, desde então, sempre busca aprimorar e trazer novidades. “O nosso foco tem sido a parte de benefícios e serviços adicionais em que a pessoa pode utilizar em vida porque as coberturas são semelhantes. O objetivo é que a pessoa tenha uma qualidade de vida melhor”.

A telemedicina foi incluída pela Tokio Marine ainda antes da pandemia. “É um serviço que veio para ficar e facilitar a vida do consumidor. O nosso é através do Albert Einstein, referência no Brasil. Com o tempo, permitimos que o segurado possa incluir mais dois agregados, que podem ser ou não um familiar. É um benefício muito importante”, acrescenta Nanci.

Recentemente, a Tokio inclui outros cinco serviços (on-line) também voltados para o bem-estar do titular do seguro. São eles apoio psicológico, nutricional, atividades físicas, movimento sem dor (ligados à fisioterapia) e o qualidade do sono. “Esses serviços são inovadores ao permitirem, em vida, que a pessoa utilize os serviços. Todos os serviços da Tokio foram agregados ao produto sem adição ao custo. A Tokio inseriu como forma de promover a venda, mas também de forma que o segurado usufrua do produto”, acrescenta.

Alexandre Vicente, diretor de Seguros de Pessoas no Grupo HDI

Com um portfólio abrangente de produtos, o Grupo HDI também criou coberturas que permitem ao segurado usufruir da proteção em vida. “As coberturas para doenças graves garantem uma indenização caso o segurado seja diagnosticado com uma doença grave, ajudando a cobrir os custos do tratamento e outras despesas associadas”, exemplifica Vicente.

Além disso, o Grupo HDI oferece serviços de telemedicina e telepsicologia, que permitem ao segurado consultar médicos e psicólogos de forma remota, garantindo acesso rápido e conveniente a cuidados de saúde. “Até mesmo a assistência pet está disponível, cobrindo cuidados veterinários para garantir a saúde dos animais de estimação do segurado”.

O que falta?

O principal fator para que o seguro de vida cresça no mercado brasileiro é a conscientização da população acerca do papel do produto no planejamento financeiro, entendendo, especialmente, os benefícios que ele pode oferecer em vida.

“Na Bradesco Vida e Previdência seguimos trabalhando na disseminação da cultura de prevenção, na difusão de informações qualificadas e na oferta de produtos aderentes às reais necessidades dos consumidores. Também oferecemos uma grade de treinamentos aos nossos parceiros de negócios, os corretores de seguros, para que atuem como consultores e apresentem uma proteção mais completa aos seus clientes”, diz Malavazi.

A falta de informação sobre o seguro de vida ainda é sinalizada como o principal motivo para a baixa penetração no mercado brasileiro. “É preciso um posicionamento educacional massificado por parte das seguradoras para mudar os conceitos enraizados pela sociedade, mostrando cada vez mais a importância do seguro de vida e como ele pode ajudar não somente no planejamento financeiro de um cidadão, como na tranquilidade e no cuidado pessoal e familiar, desmistificando o medo de lidar com imprevistos”, defende o diretor da SulAmérica.

“Acreditamos que a chave para proteger mais pessoas está na conscientização e na desmistificação sobre o seguro de vida. Ainda existe um estigma de que é um produto caro e complicado de contratar, o que não é verdade. Para isso, iniciativas como plataformas de contratação de seguros de vida de forma 100% digital e personalizada, são essenciais”, observa Alexandre Vicente.

“A Tokio é multiproduto e o auto é o carro-chefe, mas a companhia tem feito um trabalho grande de divulgação do seguro de vida e buscado apoiar os corretores que não são especialistas em vida para fazer a divulgação, utilizando a própria base de clientes para que consigam ter mais produtos para ofertar”, comenta a diretora de Seguros de Pessoas da companhia.

Nesse cenário, as assessorias em seguros ao lado dos corretores, inclusive, são um ótimo caminho para a divulgação. “Todos nós temos essa missão”, destaca Nancy.

Conteúdo da edição de abril/maio/junho da Revista Aconseg-SP

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